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Arthur do Val retira pré-candidatura ao governo de SP após áudios sexistas

Anúncio acontece após deputado Arthur do Val dizer que mulheres ucranianas são ‘fáceis, porque são pobres’. Áudios privados vazaram.

O deputado estadual Arthur do Val (Podemos) afirmou neste sábado (5) que enviou pedido à presidente nacional do Podemos, Renata Abreu, de retirada de sua pré-candidatura ao governo do estado de São Paulo após a repercussão de áudios em que diz que as mulheres ucranianas são “fáceis, porque são pobres”.

“Os áudios que vazaram de uma conversa privada com amigos são lamentáveis. Não são corretos com as mulheres brasileiras, ucranianas ou com todas as pessoas que depositam confiança em meu trabalho e, por isso, peço desculpas. Não tenho compromisso com o erro. Por isso, entrei em contato com a presidente do Podemos, Renata Abreu, para retirar minha pré-candidatura ao governo de São Paulo”, escreveu.

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Mais cedo, Arthur do Val, conhecido como Mamãe Falei, já havia dito que poderia se retirar da disputa. “Se eu vou continuar pré-candidato? Não sei, cheguei agora no Brasil. Eu não quero atrapalhar a terceira via, eu não quero atrapalhar meu partido, eu não quero atrapalhar ninguém. Então, se isso for melhor, tudo bem, eu retiro, não tem problema. Eu só quero que as pessoas me julguem pelo que eu fiz, não pelo que eu não fiz”, disse ele em vídeo.

O Podemos decidiu abrir procedimento disciplinar interno contra Arthur pelas declarações.

Entrevista no aeroporto

O deputado desembarcou no Brasil nesta manhã e justificou sua fala como um “erro em um momento de empolgação”.

“Foi errado o que eu falei. Não é isso o que eu penso. O que eu falei foi um erro em um momento de empolgação e pronto”, disse do Val ao ser questionado pela imprensa no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo.

O deputado afirmou ainda que os áudios, que começaram a circular na noite de ontem na internet, foram enviados para um grupo de amigos e que ele se dedicou ao que chamou de “missão” no período em que esteve no país. “Fui para fazer uma coisa, mandei um áudio infeliz, e a impressão que passou é que fui fazer outra coisa.”

“Se as pessoas quiserem me julgar têm esse direito. Peço só que entendam o contexto, são dois contextos diferentes. Uma coisa é o Arthur que foi lá, fez a missão e saiu. Outra coisa é o Arthur que já tinha saído e mandou um áudio em um grupo privado para os amigos dele, de forma errada, descabida. Não foi a melhor das posturas, é nítido aquilo, mas como te falei, é um áudio privado”, disse.

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