Os socorristas do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) do município de Palhoça, na Grande Florianópolis, receberam na semana passada uma ligação diferente das que estão acostumados. Uma mãe ligou para a central para avisar que tinha abandonado um bebê próximo à central do órgão, no bairro Nova Palhoça.
Imediatamente o grupo se dividiu e passou o buscara o bebê abandonado nas redondezas e o encontrou dentro de uma caixa fechada com fita adesiva em um terreno baldio.
Ao abrir a caixa, os socorristas se depararam com uma menina. Ela não chorava, estava bem agasalhada e na caixa tinha uma mamadeira e uma carta deixada pela mãe.
A carta dizia:
“Por favor, cuidem dela. Não sou de Palhoça, mas minha patroa me mandou embora depois que ganhei ela. Estou indo embora e não tenho condições de criar ela sozinha
Deem ela pra alguém que vai cuidar bem dela e ter condições de criar ela. Ela nasceu ontem, 6h da manhã
Não venham atrás de mim, não vou mais estar aqui. Já arrumei uma carona pra minha cidade no Rio Grande do Sul.”
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Aparentemente em bom estado de saúde, a criança foi encaminhada para o Hospital Universitário de Florianópolis para avaliação médica e quando receber alta será levada a um abrigo temporário para crianças em Palhoça e deve entrar no sistema integrado de adoção.
A polícia abriu inquérito para investigar o caso, uma vez que abandono de recém-nascido é um crime, segundo o Código Penal brasileiro, e o responsável pode pegar até dois anos de cadeia.
RECÉM-NASCIDO NA UCRÂNIA
O casal de brasileiros Kelly Lisiane Müller e Fabio Wilkes retornou neste sábado da Ucrânia. Eles estavam no país desde janeiro para buscar a filha, gerada em processo de de fertilização e reprodução humana assistida no país.
Eles estavam em Kiev quando começou a guerras com a Rússia, em 24 de fevereiro, e aguardavam a documentação da recém-nascida Mikaela para embarcar para o Brasil.