Autoridades ucranianas disseram nesta quarta-feira (9) que um bombardeio russo a um hospital infantil e maternidade deixou pelo menos 17 pessoas feridas na cidade de Mariupol, cidade que fica sudoeste do país.
De acordo com um parlamentar da Ucrânia, as pessoas estão sendo retiradas dos destroços do hospital. Entre as feridas, havia mulheres em trabalho de parto
O chefe da administração militar ucraniana, Pavlo Krylenko, disse que ainda não há informações sobre crianças feridas no ataque. “Espero que continue dessa maneira”, afirmou.
Em um post no Facebook, a Câmara Municipal de Mariupol disse que as forças russas jogaram bombas no hospital infantil. “A destruição é colossal”, diz a postagem.
O governo russo havia concordado com um cessar-fogo de 12h para retirar civis de seis cidades que foram mais castigadas pelo bombardeio, uma delas é Mariupol.
“Atrocidade! Por quanto tempo mais o mundo será cúmplice ao ignorar o terror?”, disse o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
“Nós não entendemos como é possível na vida moderna bombardearem um hospital infantil”, disse o vice-prefeito da cidade, Serhiy Orlov, a um repórter da BBC.
Desde que começaram os bombardeios russos, pelo menos 1.170 civis já morreram em Mariupol e o serviço funerário da cidade está sendo obrigado a abrir valas coletivas para enterrar os mortos.
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ZONA DE EXCLUSÃO AÉREA
O presidente Zelensky voltou a pedir que os governos do ocidente imponham uma zona de exclusão aérea na região para impedir mais bombardeios a alvos civis, como o que ocorreu com o hospital.
A OTAN, entretanto, tem resistido à pressão porque a adoção da medida representaria um envolvimento direto da organização com o conflito entre Rússia e Ucrânia.
A criação de uma zona de exclusão significaria que a OTAN teria que derrubar qualquer aeronave russa que entrasse na área proibida.