Dmitry Roogozin, chefe da agência espacial da Rússia, ameaçou deixar o astronauta norte-americano Mark Vande Hei abandonado no espaço, logo após os anúncios das novas penalidades aplicadas à Rússia pelos Estados Unidos. De acordo com informações do canal norte-americano ABC, o plano é que o astronauta aterrisse no Cazaquistão com dois cosmonautas russos em espaçonave russa. O canal afirmou que a ameaça ocorreu.
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Segundo relato do portal UOL Notícias, Joe Biden, o presidente dos Estados Unidos, anunciou no fim de fevereiro que barraria a exportação de itens de tecnologia avançada para o país do Leste Europeu, com o intuito de afetar a indústria aérea e o programa espacial da Rússia.
Com diversas publicações nas redes sociais, o chefe da agência espacial da Rússia respondeu às penalidades aplicadas pelos Estados Unidos. Segundo a emissora, Rogozin realizou ameaças sobre abandonar Vande Hei no espaço e desligar o segmento russo da Estação Espacial Internacional, projeto com participação dos EUA, Rússia, Europa, Japão e Canadá, que existe há mais de 20 anos.
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Rogozin publicou em sua rede social um trecho da notícia do canal Fox News com a legenda “Que idiotas eles são” a respeito da manchete apontando a ameaça realizada.
Nasa
Segundo o UOL Notícias, Vande Hei é o astronauta que passou mais tempo na estação, com 355 dias a bordo, a 408 km da órbita da Terra. O astronauta norte-americano deverá retornar no final desse mês, juntamente com os cosmonautas em espaçonave russa. A Nasa (agência espacial dos Estados Unidos) ainda não se pronunciou a respeito da afirmação. Scott Kelly, o astronauta que se desentendeu com Rogozin nas redes sociais e ficou 340 dias na estação, falou sobre a ameaça. “É inimaginável que o programa espacial russo abandone no espaço alguém que eles têm a responsabilidade de trazer para casa. Não vejo isso acontecendo.”
Conforme a guerra vem acontecendo, diversas penalidades têm sido aplicadas à Rússia como forma de punição pela guerra na Ucrânia. O Ocidente já implementou diversas sanções ao país russo, bem como as grandes marcas que já retiraram seus serviços de circulação na Rússia.