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Cidades da China entram em confinamento após novo surto de covid-19

Em declaração à agência AFP, um dos moradores relatou ser o pior confinamento desde 2020.

Reprodução/Pixabay (@mariohagen)

Dentro de 24 horas, 3.939 casos de Covid-19 foram registrados na China neste domingo (13), de acordo com a Comissão Nacional de Saúde chinesa. O confinamento voltou a ser aplicado em algumas cidades do país, devido ao aumento de casos de espalhamento do vírus.

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Uma das dez cidades que também entrou para o confinamento foi Shenzhen, no Sul da China. OS 17 milhões de habitantes dessa cidade tiveram que ficar de quarentena. Shenzhen é um polo tecnológico chinês que conta com as empresas Huawei e Tencent, resultando no fechamento da área comercial após registrar 66 novos casos de transmissão do vírus, como relata o Nexo. Um dos moradores de Shenzhen relatou à AFP que esse é o pior confinamento desde 2020.

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Devido aos surtos do coronavírus, uma fábrica de iPhone teve que ser suspensa, além de resultar em restrições à outras cidades, como Xangai, por exemplo. Nesta segunda-feira (14), a principal fornecedora do setor Eletrônico Foxconn da Apple, informou sobre a suspensão do funcionamento das fábricas em Shenzhen, sendo que o isolamento atinge as operações. A produção da Foxconn já foi direcionada a outros centros, segundo a própria fornecedora.

A alta do vírus

De acordo com o UOL – Notícias, um funcionário do departamento de saúde, Lei Zhenglong, relatou à emissora estatal CCTV que foram registradas mais de 10 mil infecções no mês de março em 10 províncias. O funcionário ainda deu um alerta de que a situação continua aumentando em muitos lugares.

Na segunda-feira de hoje (14), a cidade de Xangai informou que 170 casos novos de coronavírus foram registrados. As autoridades seguem trabalhando para que não haja um confinamento geral.

Em declaração à agência APF, um empresário dono de quatro restaurantes desabafou sobre a dificuldade de lidar com o isolamento. “As políticas são diferentes nos bairros. Quero fechar um e manter os outros abertos, e ver o que acontece depois. O que mais posso fazer além de esperar?”

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Apesar da baixa taxa de mortalidade pela variante ômicrom, o virologista Zhang Wenhong ressaltou a importância de a China adotar a estratégia de “covid zero” em breve, já que não pode realizar no presente momento.

“De fato, nossa luta contra o vírus continuará por muito tempo, mas o ritmo de prevenção e controle não pode ser caótico, e a confiança de todos na próxima etapa de prevenção e controle não pode ser perdida. Atualmente, para alcançar uma limpeza social, embora Xangai não tenha parado e a vida tenha continuado, o ritmo de vida começou a desacelerar e as áreas-chave começaram rapidamente a realizar um controle e triagem finos. Acreditamos que por mais rápido que seja o Omicron BA.2, ele estará sujeito à desaceleração do ritmo de vida. Enquanto desacelerarmos, o vírus não será rápido”, postou Zhang em sua rede social.

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