Ontem os representantes russos e ucranianos tiveram mais um de negociações com poucos avanços, mas nesta quarta-feira o governo russo sinalizou que existe a possibilidade de aceitar um acordo com a Ucrânia para cessar os ataques.
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A proposta russa é de que os ucranianos mantenham seu exército, mas esse seria desmilitarizado, com a função de proteger a população e só possa atuar dentro das fronteiras do país, como ocorre, por exemplo, na Áustria e na Suécia.
A ideia da desmilitarização iria ao encontro da aspiração russa de que o país se mantenha afastado da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), um dos motivos, segundo o governo russo, para a invasão da Ucrânia.
Ainda nesta terça-feira, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky já havia dado as primeiras declarações no sentido de um afastamento da OTAN. “Entendemos que a Ucrânia não é membro da OTAN. Entendemos isso, somos pessoas razoáveis”, disse.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse nesta quarta que as negociações de paz não estão sendo fáceis, mas há esperança de chegarem a um acordo.
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“Sou guiado pelas avaliações dadas por nossos negociadores. Eles dizem que as negociações não são fáceis por razões óbvias e estão lentas. Mas, no entanto, há alguma esperança de chegar a um acordo”, disse ele durante sua entrevista à agência de notícias RBC.
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Outras questões que estão sendo discutidas como parte do acordo e a inclusão do uso da língua russa na Ucrânia e a liberdade de expressão.
Os dois países voltam a se encontrar hoje para retomar as discussões de paz, enquanto a guerra entre no seu 21º dia.
Enquanto isso, a Corte Internacional de Justiça se manifestou que irá analisar a acusação de que os russos aplicaram falsamente a lei do genocídio para justificar a invasão de seu país.