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Padaria em São Paulo muda nome do bolo ‘nega maluca’ para ‘afrodescendente’

Um ofício enviado ao estabelecimento solicitou a troca dos nomes de alguns produtos por serem vistos com maus olhos.

Reprodução/Pixabay

A padaria Aveiro, localizada na Zona Sul de São Paulo, compartilhou em suas redes sociais novas mudanças para o nome de determinados alimentos comercializados. Um dos itens apontados foi o bolo, anteriormente conhecido como ‘nega maluca’. Após a alteração, o bolo passou a se chamar ‘afrodescendente’.

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O estabelecimento teria recebido um ofício do Sindicato dos Industriais de Panificação e Confeitaria de São Paulo, da Associação dos Industriais e do Instituto de Desenvolvimento de Panificação e Confeitaria. Neste ofício, o comunicado dizia para o estabelecimento se atentar com os nomes dos produtos, pois “podem ser mal interpretados” e “trazer dissabores para a padaria e seus proprietários.”

A instituição havia sinalizado a padaria de que os nomes tradicionais dos produtos podem ser vistos de outra forma nos dias atuais, bem como: “levar a constrangimentos e acusações de crime racial, machismo, preconceito etc.”. A padaria Aveiro já publicou em suas redes sociais os novos nomes dos produtos indicados. Além do antigo termo ‘nega maluca’ para o bolo, sendo substituído por ‘afrodescendente’, o doce ‘língua de sogra’ ficou como ‘pão doce mole’ e ‘maria mole’ foi trocado por ‘sorvete mole’. Também, o produto ‘teta de nega’ teve o termo trocado para ‘NHA benta’.

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A crítica nas redes sociais sobre o ofício

O atual presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, que se intitula como ‘negro de direita’, distribuiu críticas à instituição responsável pelo ofício enviado à padaria. “O Sindicato das Padarias de São Paulo está perseguindo, implacavelmente, o bolo ‘Nega Maluca’. Também estão na mira da patrulha politicamente correta a ‘Maria Mole’, ‘Teta de Nega’ e ‘Língua de Sogra’. Querem criminalizar bolos. Isso precisa acabar!”, disse Sérgio.

Sérgio Camargo finalizou sua crítica, ao dizer que há um afeto em relação aos doces que faz parte de sua vida e de outros. “Deixem a ‘nega maluca’ em paz”, manifestou o presidente da fundação. “Basta de mimimi, ninguém aguenta mais.”

A mudança do nome do bolo ‘nega maluca’ para ‘afrodescendente’ causou uma repercussão negativa para alguns internautas, que alegaram o racismo presente tanto na nova nomenclatura, como na anterior. A padaria se manifestou dizendo estar em “constante evolução”, não tendo espaço para preconceitos.

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