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Falso médico que ordenou amputação negociava diplomas ilegais

Gerson Lavísio, de 32 anos, também chegou a se passar por pastor de igreja evangélica

Falso médico ordenou amputação de perna de vítima de acidente
Falso médico ordenou amputação de perna de vítima de acidente TV Vanguarda (Reprodução)

Gerson Lavísio, de 32 anos, detido após ser flagrado atuando como médico para a concessionária que administra a Rodovia Presidente Dutra, já teria adotado outras táticas para tentar aplicar golpes, como negociar diplomas irregulares. Vítimas falaram sob anonimato ao UOL.

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Um morador de Osasco, em São Paulo, disse à reportagem que conheceu o rapaz pelo Facebook há cerca de quatro anos. Passou a ter contato com ele após receber a promessa de que conseguiria um diploma de cuidador de idosos para poder trabalhar no ramo.

“Ele criou um grupo no WhatsApp e passou a conversar comigo e com outras pessoas prometendo que nos daria um diploma. Além dele tinham outras pessoas que se diziam de faculdades e estariam ajudando no processo”, disse o homem ao UOL.

Ainda segundo a vítima, ela chegou a viajar até Sorocaba, no interior do Estado, para conhecer Gerson. Ao ir até o apartamento do falso médico a desconfiança começou, já que não havia móveis no local.

O documento prometido, segundo a vítima, nunca foi entregue. “Eu sei que fiz errado, mas estava iludido em busca de uma vida melhor”, disse o homem, que pagou R$ 2 mil ao golpista.

Se passava por pastor

Gerson também chegou a se passar por pastor de uma igreja evangélica. Uma das vítimas relatou que o rapaz se aproximou quando ela perdeu um familiar próximo.

“Ele viu minha postagem de luto e passamos a conversar sobre a perda desse meu familiar. Eu estava muito abalada, ele dizia ser pastor e que iria orar por mim”, contou a mulher.

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Após alguns meses, Gerson disse que iria para Moçambique, na África, em uma ação solidária e, por isso, estava fazendo arrecadação e pediu ajuda financeira. No total, a vítima chegou a dar R$ 5 mil ao falso pastor.

Farsa veio à tona

No último dia 13, Gerson, que se passava por médico, ordenou a amputação da perna de um homem preso às ferragens durante um acidentes. O procedimento despertou suspeitas e, mais tarde, a verdade veio à tona: ele usava um diploma falso e confessou que exercia a profissão ilegalmente. Colegas disseram que sempre desconfiaram da conduta do rapaz.

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