Uma pesquisa realizada pela Heach Recursos Humanos, empresa de recrutamento e seleção revelou que três em cada quatro mulheres já sofreram gaslighting no trabalho.
O levantamento ouviu 400 mulheres, de 280 empresas. Sendo assim, 73,25% das entrevistadas disseram que foram vítimas do abuso, o que representa 293 mulheres. Além disso, concluiu-se que elas estão alocadas em 172 empresas, representando 61,42% do número total de locais de trabalho presentes na pesquisa.
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Gaslighting é um termo em inglês, ainda sem tradução, utilizado para identificar uma forma de abuso psicológico onde informações são distorcidas, omitidas para favorecer o abusador ou simplesmente inventadas com a intenção de fazer a vítima duvidar de sua própria memória e sanidade.
Nesse tipo de abuso é comum ouvir frases como “Você está louca”, “Não foi assim que aconteceu” ou “Isso é coisa da sua cabeça”. É uma forma de agressão em que mulheres acabam se tornando as principais vítimas.
Vale dizer, contudo, que homens também podem ser vítimas de gaslighting, seja no trabalho ou em relações amorosas.
Exemplos no mercado de trabalho
“Entre alguns dos exemplos que podemos citar de situações que acontecem envolvendo gaslighting é quando um homem de cargo superior solicita um trabalho para uma mulher de cargo inferior e passa os dados incompletos propositalmente. Assim, quando o projeto for entregue, o opressor consegue questionar o trabalho feito, se mostrando mais competente e inferiorizando a outra profissional”, diz Elcio Paulo Teixeira, CEO da Heach Recursos Humanos.
Para que esse cenário seja transformado, as empresas precisam se mobilizar rapidamente para desenvolver políticas de conscientização, prevenção, monitoramento e tratativa dos casos de gaslighting.
O CEO diz que enquanto a questão está sendo enfrentada por um lado, as mulheres do mundo corporativo precisam enfrentá-la por outro, neutralizando o agressor, com boa autoestima, autoconfiança no que está sendo feito, documentação de testemunhos para se assegurar em situações de possíveis conflitos e, se necessário, ajuda psicológica, evitando de que o gaslighting atinja em cheio sua saúde mental.