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Coquetel da morte: suspeitos de assassinar criança são mortos após serem obrigados a ingerir bebida mortal na cadeia

Como punição, facção jurou vingança aos envolvidos no crime.

Coquetel da morte: suspeitos de assassinar criança são mortos após serem obrigados a ingerir bebida mortal na cadeia. (Reprodução/Pixabay - Ichigo121212)

Cinco suspeitos de roubo invadiram a casa de uma família de bolivianos e levaram R$ 4.500. A família morava na Vila Bela, Zona Leste de São Paulo.

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Antes de partirem, um dos suspeitos atirou na cabeça de Brayan Yanarico Capcha, filho do casal residente, de 5 anos. O autor do crime teria se irritado com o choro da criança. Crime ocorreu na noite de 28 de junho de 2013. Informações extraídas do IstoÉ são do colunista do UOL, Josmar Jozino.

Ao tomarem nota do ocorrido, o Primeiro Comando da Capital (PCC) obrigou alguns dos suspeitos a tomarem o “coquetel da morte”, como forma de se puni-los por tirarem a vida de Brayan.

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Dois dos cinco suspeitos foram identificados pela Polícia Civil. Paulo Ricardo Martins, 19, e um adolescente, 17, foram presos. Já Felipe dos Santos Lima, 18, se se entregou ao 49º Distrito Policial, com o auxílio do advogado David Ferreira Lima. Sua rendição ocorreu por medo ser morto pelo PCC.

O coquetel da morte

A facção teria organizado um “tribunal do crime” e decretou a morte dos cinco suspeitos.

Felipe e Paulo foram transferidos para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Santo André, em São Paulo. Ambos foram levados para a cela 46 do Pavilhão 4, que era comandada pelo PCC.

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Já em cárcere, os dois foram torturados enquanto tomavam banham de sol. Após as agressões, ambos foram obrigados a ingerir o “coquetel da morte”, ou “Gatorade”, composto por uma mistura de Viagra, cocaína e água creolina. A bebida resultou na morte por overdose dos dois, após algumas horas.

De acordo com o advogado David Ferreira Lima, ele acreditava na segurança de seu cliente após sua rendição. Entretanto, o Estado não havia garantido a integridade física de Felipe. Após a abertura de um processo, a Justiça indenizou a família do cliente de David por danos morais no valor de R$ 26.400, em 2016.

No ano de 2017, A Secretaria da Fazenda de São Paulo teve que pagar o mesmo valor à família de Paulo. Já os funcionários do CDP, nenhum foi responsabilizado pela morte dos jovens.

A sequência da punição

Os pais de Brayan reconheceram o suspeito que o assassinou, Diego Rocha Freitas Campos, de 20 anos. O suspeito havia sido localizado pelo PCC antes da Polícia Civil.

A facção obrigou o tio da suspeita, que possuía antecedentes criminais, a executar Diego ou ele seria morto. Sendo assim, o homem acabou matando o sobrinho a tiros. O corpo do rapaz foi encontrado pela polícia no dia 7 de julho de 2013.

O PCC também executou Wesley Soares Pedrosa, 19, com um tiro na cabeça neste mesmo dia. O corpo do jovem foi encontrado após três dias.

Após o assassinato de Brayan, os pais da criança, Edilberto Yanarico e Verónica, deixaram o Brasil e retornaram para a Bolívia.

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