Proibido pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), quase 500 unidades do “melzinho do amor” foram apreendidas nesta terça-feira no Distrito Federal com dois homens, de 24 e 39 anos.
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Na polícia, os vendedores disseram que o sachê do melzinho tem o mesmo efeito que quatro comprimidos de Viagra tomados de uma vez e também que o produto é muito procurado por jovens da cidade.
O “melzinho do amor” já foi analisado pelo Laboratório de Toxicologia Analítica do Centro de Informação e Assistência Toxicológica da Unicamp (CIATox), em 2021, e os resultados mostraram que o produto pode causar efeitos colaterais graves e até mesmo levar o usuário à morte.
A embalagem afirma que o produto é 100% natural, composto por café, extrato de caviar, ginseng, maçã, gengibre, canela, mel da Malásia e Tongkat Ali (Eurycoma longifolia).
Entretanto, pesquisadores da Unicamp descobriram dois fármacos sintéticos na composição, a Sildenafila e a Tadalafila, ambos usados no tratamento de disfunção erétil.
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Esses dos fármacos só podem ser prescritos por médicos após avaliação do paciente, pois é perigoso para pessoas que sobre de cardiopatia e hipertensão descontrolada.
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A Anvisa disse que não tem informações sobre a composição do “melzinho do amor” e que a fabricação, distribuição, venda e publicidade do produto estão proibidas em todo o território nacional.
Com os dois presos, foram encontradas 36 caixas do produto, o que dá quase 500 sachês que seriam comercializados na cidade.
Os dois presos foram autuados por falsificação de medicamento, cuja pena prevista é de 10 a 15 anos de prisão.