Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostra dezenas de pessoas com as mãos levantadas dentro de uma estação do Metrô de São Paulo gritando em coro “racista” para uma mulher que passa escoltada pelos seguranças da estação.
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O caso de racismo ocorreu no final da tarde desta segunda-feira, com a carioca Welica Ribeiro, que estava no vagão do metrô com seu irmão e o pai. Uma mulher branca, loira, que estava sentada no banco anexo ao dela, disse para ela tomar cuidado com os seus cabelos, pois poderia passar alguma doença para ela. “Eu sugeri raspar minha cabeça para não incomodá-la”, disse Welica.
Os próprios passageiros, revoltados, impediram que a mulher deixasse o vagão até a chegada da polícia, enquanto gritavam “racista’ para ela. A vítima e seu irmão acompanharam os policiais para registrar boletim de ocorrência.
A mulher foi identificada como Agnes Vajda. Nas redes, ela diz que é assistente consular do Consulado da Hungria em São Paulo. Ela também foi levada à delegacia, onde prestou depoimento, e foi liberada em seguida.
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“Eu espero que as pessoas entendam de uma vez por todas que somos iguais, somos seres humanos. A gente nasce igual todo mundo, a gente vai terminar como todo mundo, que não existe melhor do que ninguém. As pessoas precisam entender que precisamos ser respeitados, não porque somos negros, mas porque somos seres humanos e a gente merece respeito”, disse Welica em entrevista concedida ao portal G1.