Por ordem do governo do Talibã, mulheres afegãs deverão voltar a cobrir o rosto em público, marcando um retorno à antiga política linha-dura do governo antes da invasão norte-americana. A decisão foi duramente criticada nos países ocidentais.
Segundo o decreto do líder supremo do Talibã, Haibatullah Akhundzada, a mulher que não obedecer a ordem de cobrir o rosto trará penalizações para seu pai ou parente masculino mais próximo, que poderá ser preso e demitido de cargos públicos.
O ministro da Propagação de Virtude e Prevenção de Vício, Mohammad Khalid Hanafi, deu uma entrevista e pediu que o mundo coopere com o Emirado Islâmico e com o povo do Afeganistão.
De acordo com a determinação, as mulheres deverão usar um chadori (burca da cabeça aos pés), de acordo com a tradição, para “evitar provocação ao encontrarem homens que não sejam seus parentes próximos”. “Aquelas mulheres que não são muito velhas ou jovens devem cobrir o rosto, exceto os olhos”, acrescentou., diz o decreto.
No decreto, o governo determina ainda que as mulheres que não tiverem trabalho importante devem permanecer dentro de suas casas.
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O talibã já tinha decidido anteriormente que não reabriria as escolas para meninas após a 6ª série, em uma tentativa de não confrontar a base linha-dura do grupo.
A missão da ONU no Afeganistão manifestou preocupação com o decreto, que contradiz todas as garantias de respeito e proteção de direitos humanos dos afegãos que foram dadas pelo governo afegão à comunidade internacional, principalmente dos direitos das mulheres e meninas.
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