O surto de casos da chamada Varíola dos macacos, doença endêmica na África, mas até então rara no resto do mundo, colocou autoridades de saúde e a OMS (Organização Mundial de Saúde) em estado de alerta.
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Isso porque já foram registrados mais de 100 casos em 16 países, inclusive no nosso vizinho, Argentina. Por enquanto, nenhum caso foi confirmado em solo brasileiro, mas especialistas afirmam que é uma questão de tempo para a doença desembarcar por aqui.
O que é?
A Varíola dos macacos é uma zoonose, um vírus que passa de animal para os humanos e também de humanos para humanos. Até onde se sabe, já que a doença nunca foi profundamente estudada, o vírus é transmitido por contato próximo e trocas de fluidos corporais. O vírus, porém, é menos transmissível do que o da covid-19 ou mesmo do que a varíola comum.
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O que causa?
Os principais sintomas são lesões vesiculares na pele, febre, dor de cabeça, dor nas costas ou musculares, calafrios, exaustão e inflamação nos nódulos linfáticos. A expansão das lesões na pele pode causar coceira intensa e dor.
Pode matar?
A varíola dos macacos é considerada uma doença leve, que pode passar despercebida e cujos sintomas desaparecem entre duas e três semanas. Há dois tipos de vírus: o que circula na África Ocidental, que tem taxa de mortalidade de 1%, e o que circula na África Central, cuja mortalidade pode atingir 10%, sendo mais perigosa quando contraída por crianças ou pessoas imunodeprimidas. Em mulheres grávidas, oferece risco de morte ao bebê.
Como é feito o tratamento?
É considerada uma doença autolimitada, ou seja, tem um ciclo de tempo definido e depois desaparece. O tratamento é feito com medicamentos para atenuar os sintomas, já que não há remédios específicos. Mas a vacina da varíola comum é eficaz na prevenção.
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A prevenção é muito parecida com a da covid: higienizar as mãos com água e sabão, se possível com álcool gel, e evitar contato as pessoas contaminadas. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) sugere ainda o uso de máscara e o distanciamento social.
Existe risco de nova pandemia?
Segundo especialistas, o fato da doença não ser tão contagiosa quanto a covid-19 diminui muito o risco de uma nova pandemia. E ao contrário do coronavírus, a vacina contra varíola comum, aplicada em vários países, diminui em até 85% o risco de contrair a doença.
No Brasil, em função das campanhas de vacinação feitas pelo governo contra varíola, a maioria das pessoas que nasceu até 1979 foram vacinadas contra a doença.