Foco

Câmara de gás: sobrinho disse à polícia que tio era esquizofrênico

O sobrinho de Genivaldo de Jesus Santos, Wallyson de Jesus, disse que acompanhou a abordagem do tio pela Polícia Rodoviária Federal nesta quarta-feira, em Umbaúba, quando o tio morreu e viu tudo o que aconteceu.

Durante uma abordagem de rotina na BR-101, policiais rodoviários federais pararam a moto de seu tio, o mandaram descer da moto e colocar as mãos na cabeça para revistá-lo. Portador de esquizofrenia, Genivaldo começou a se alterar e os policiais o imobilizaram e jogaram spray de pimenta em seu rosto. Algemado, ele foi colocado no porta-malas da viatura, de onde saía muita fumaça branca, e ele morreu asfixiado.

Wallyson disse que informou aos agentes que seu tio sofria de transtorno mental e os policiais acharam nos bolsos dele os remédios que ele tomava diariamente. Segundo ele, seu tio começou a ficar nervoso e a perguntar o que tinha feitio, quando o sobrinho tentou acalmá-lo.

Publicidad

Mesmo tentando conversar com os policiais para explicar que o tio sofria de esquizofrenia e ficava nervoso, Wallysoin disse que os agentes jogaram spray de pimenta nele, o algemaram nas mãos e pés e o jogaram na viatura. “Eles jogaram um tipo de gás dentro da mala e foram para delegacia, mas meu tio estava desacordado”, disse.

LEIA TAMBÉM: Justiça Eleitoral determina filiação de atriz pornô pelo PT em Mato Grosso

O laudo do IML (Instituto Médico Legal) já foi divulgado e confirmou que Genivaldo morreu por asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda. A Polícia Rodoviária Federal informou que registrou ocorrência na Polícia Judiciária e vai investigar o caso.

A esposa de Genivaldo, Maria Fabiana dos Santos, disse que seu marido convivia com a doença há cerca de 20 anos e tomava remédios diários para controlá-la, mas nunca agrediu ninguém ou fez qualquer coisa errada. “O que fizeram com ele foi um crime”, disse.

Siga-nos no:Google News

Conteúdo patrocinado

Últimas Notícias