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Operação prende policiais que torturavam e extorquiam criminosos no Rio de Janeiro

Grupo tinha esquema de propina com traficantes e vendia armas e informações da polícia

Arsenal encontrado na casa dos policiais investigados (Reprodução)

Nove policias acusados de corrupção, tortura, peculato e concussão foram presos nesta quinta-feira na Operação Mercenários, do Ministério Público do Rio (MPRJ) e Corregedoria Interna da Polícia Militar.

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Os agentes cumprem 35 mandados de busca e apreensão nos endereços ligados a 11 policiais denunciados e até o momento foram apreendidos R$ 253 mil em dinheiro, ouro e armas.

Entre os investigados está o tenente-coronel André Araújo de Oliveira, comandante do 15º BPM, de Duque de Caxias, que já foi afastado de suas funções. Outro investigado é o chefe do Serviço Reservado (P2), capitão Anderson Santos Orrico. O P2 é responsável por investigar crimes e desvios de policiais durante o serviço. Na cassa dele, investigadores encontraram R4 96 mil e na sala dele no batalhão da PM, mais R$ 37 mil.

De acordo com a investigação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), o grupo agia sequestrando criminosos e, sob tortura, exigia o pagamento de resgate para libertá-los. Além disso, vendia armas e vazava informações da polícia mediante pagamento.

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O grupo também tinha um esquema de propina com traficantes e quando o pagamento não era realizado os criminosos eram torturados e muitas vezes mortos. Além disso, as apreensões feitas pelos policiais não eram apresentados às autoridades policiais.

As investigações partiram da apreensão de um telefone celular durante uma operação realizada em agosto de 2020 para desmantelar um grupo miliciano que explorava o serviço de mototáxi em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro. Os dados extraídos do aparelho mostraram que havia uma organização criminosa operando a partir do Grupamento de Ações Táticas (GAT), do 24º BPM (Queimados), e na P2 (Seção de Inteligência da Polícia Militar) do 21º BPM (São João de Meriti).

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