Os motoristas de ônibus de São Paulo devem decidir, em assembleia marcada para a madrugada desta quarta-feira (1º), se entram em greve a partir do dia 6 de junho.
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De acordo com o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (Sindmotoristas), as empresas de ônibus ainda não apresentaram uma proposta salarial que atenda aos pedidos da categoria (veja todas as reinvindicações abaixo) e o “estado de greve” está mantido.
“Não vamos ceder um único direito, uma única reivindicação. Os trabalhadores estão decididos, firmes e fortes junto ao sindicato”, afirmou o presidente do Sindmotoristas, Valdevan Noventa.
A assembleia deve ser realizada em todas as garagens do sistema de ônibus da capital na madrugada desta quarta-feira e, caso a greve seja aprovada, Noventa destaca que “nenhum ônibus vai rodar na cidade de São Paulo no dia 6 de junho”, garantiu.
Conforme o Sindmotoristas, o sindicato patronal, que é o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss), propôs um reajuste salarial de 10%, o que está abaixo dos 12,47% pedido pela categoria.
Veja abaixo todas as reivindicações dos motoristas:
- Reajuste Salarial de 12,47%, mais aumento real;
- Vale refeição de R$ 33 (unitário);
- Equiparação de todos os benefícios para os trabalhadores e trabalhadoras das empresas do sistema complementar (empresas novas);
- Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) de R$ 2.500;
- Fim das escalas com uma hora para refeição sem remuneração;
- Reajustes nos valores dos benefícios como auxílio funeral, seguro de vida, convênio médico e odontológico;
- Adequação das nomenclaturas do Plano de Carreira do Setor de Manutenção, equiparação salarial e promoção para funcionários e funcionárias Fora de Função.
Falta de cooperação
Em nota divulgada na semana passada, o Sindmotoristas destacou que sempre esteve aberto ao diálogo, mas que, infelizmente, não houve cooperação por parte dos patrões, que seguem intransigentes.
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“Diante disso, a categoria lutará com todas as armas que tem para fazer valer seus direitos. Vamos confirmar, em assembleias nas garagens, a paralisação”, destacou a entidade.
A reportagem entrou em contato com a assessoria da SPUrbanuss e aguarda um posicionamento.
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