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Motoristas e cobradores de ônibus entram em greve em SP; rodízio de veículos é suspenso

Previsão é que paralisação dure 24h; restrição a circulação de carros deve voltar na quarta-feira

Motoristas e cobradores de ônibus entram em greve em São Paulo (Reprodução/Sindmotoristas)

Os motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo entraram em greve desde a 0h desta terça-feira (14). De acordo com o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (Sindmotoristas), inicialmente, a previsão é que a paralisação dure 24 horas. Por conta da situação, o rodízio municipal de veículos está suspenso (veja mais informações abaixo).

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A greve ocorre depois que a categoria rejeitou uma proposta do sindicato patronal, que é o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss), de reajuste salarial de 12,47% a partir de outubro. Os motoristas querem que esse aumento comece a contar desde maio e também que o mesmo seja aplicado ao vale-refeição e à Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

Houve uma audiência de conciliação entre os sindicatos no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), na tarde de segunda-feira (13), mas o encontro acabou sem o acordo.

“A princípio o setor patronal insistiu em oferecer apenas 10% de reajuste e ainda de modo parcelado. Agora, ofereceram os 12,47%, mas apenas a partir de outubro, o que é inadmissível”, declarou o presidente em exercício do Sindmotoristas, Valmir Santana da Paz (Sorriso).

Assim, conforme a SPTrans, do total de 150 linhas que operam no período noturno, apenas 46 estavam em operação nesta madrugada. A Justiça determinou que o Sindmotoristas mantenha 80% da frota de ônibus em operação nos horários de pico, que vão das 6h às 9h e das 16h às 19h, e pelo menos 60% nos demais horários.

A Secretaria dos Transportes Metropolitanos informou que é oferecida a frota máxima nas linhas do Metrô e CPTM. Além disso, a EMTU está em estado de alerta, caso seja solicitada a operação Paese.

Rodizio de veículos

Por conta da greve dos ônibus, o rodízio municipal de veículos foi suspenso nesta terça-feira. A medida foi publicada pela Prefeitura de São Paulo no Diário Oficial.

Assim, veículos com placas final 3 e 4 passam a poder circular na cidade sem limite de horário. A restrição voltará a vigorar na quarta-feira (15), das 7h às 10h e das 17h às 20h.

Veja abaixo a relação de empresas que tinham operação parada nesta manhã:

  • Santa Brígida (Zona Norte);
  • Gato Preto (Zona Norte);
  • Sambaíba (Zona Norte);
  • Express (Zona Leste);
  • Viação Metrópole (Zona Leste);
  • Ambiental (Zona Leste);
  • Via Sudeste (Zona Sudeste);
  • Campo Belo (Zona Sul);
  • Viação Grajaú (Zona Sul);
  • Gatusa (Zona Sul);
  • KBPX (Zona Sul);
  • MobiBrasil (Zona Sul);
  • Viação Metrópole (Zona Sul);
  • Transppass (Zona Oeste);
  • Gato Preto (Zona Oeste).

Veja abaixo todas as reivindicações dos motoristas e cobradores:

  • Reajuste Salarial de 12,47%, mais aumento real;
  • Vale refeição de R$ 33 (unitário);
  • Equiparação de todos os benefícios para os trabalhadores e trabalhadoras das empresas do sistema complementar (empresas novas);
  • Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) de R$ 2.500;
  • Fim das escalas com uma hora para refeição sem remuneração;
  • Reajustes nos valores dos benefícios como auxílio funeral, seguro de vida, convênio médico e odontológico;
  • Adequação das nomenclaturas do Plano de Carreira do Setor de Manutenção, equiparação salarial e promoção para funcionários e funcionárias Fora de Função.

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