A brasileira Mary Hellen Coelho da Silva, de 22 anos, flagrada em fevereiro com 9 kg cocaína escondida em um fundo falso da mala no aeroporto de Bangkok, na Tailândia, admitiu a culpa para ter sua pena reduzida, segundo informou seu advogado, Telêmaco Marrace.
Até então, ela alegava que não tinha conhecimento da droga escondida em sua bagagem. Ao juiz, ela confirmou que foi uma ‘mula’ do tráfico.
A pena, que seria de 9 anos e seis meses, foi reduzida para 7 anos e seis meses, mais o pagamento de uma multa de 750.000 Baht, o que em moeda brasileira daria pouco mais de R$ 106 mil, em julgamento realizado em maio.
Mas, segundo a defesa, a família de Mary Hellen não tem condições de pagar a multa, e por isso ela pode ficar mais 4 anos presa, o que somaria a pena total em 11 anos e 7 meses. Isso porque a pena será convertida em dias de prisão, e para pagá-los, ela teria que cumprir mais 1,5 mil dias na cadeia, somada à pena principal, ou seja, mais 4 anos, 1 mês e 10 dias.
A brasileira terá a oportunidade de trabalhar na prisão para ter pena reduzida e após o cumprimento de um terço da pena ela pode pedir o “perdão real”.
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O advogado disse que a família pretende fazer uma vaquinha virtual para tentar arrecadar o dinheiro e pagar a multa da Justiça tailandesa.
Outra estratégia que a defesa de Mary Hellen pretende adotar para tirá-la da prisão na Tailândia é tentar a extradição para que ela cumpra a pena no Brasil, perto de sua família.
Inicialmente, havia o receio de que ela fosse condenada à morte, mas a lei contra o tráfico de drogas mudou no país no final de 2021 e agora a pena máxima para o tráfico de cocaína no país é de 15 anos de prisão.