A Polícia confirmou que o barco no qual estavam o jornalista Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira quando foram abordados e mortos foi encontrado naufragado no rio do Itacoaí na noite deste domingo.
A embarcação estava submersa a 20 metros de profundidade a 30 metros da margem do rio. De acordo com a polícia, foram colocados seis sacos de areia para garantir que ela ficaria presa no fundo do rio. O local onde foi afundado o barco foi indicado por um dos acusados, Jeferson da Silva Lima, o “Pelado da Dinha”, preso no último sábado.
O laudo dos peritos da Polícia Federal confirmou que Bruno e Dom foram mortos a tiros com uma arma de caça. Bruno levou três tiros, dois no peito e um na cabeça, e Dom levou um único tiro no peito.
Por enquanto, a PF trabalha com a hipótese de oito pessoas envolvidas nas duas mortes, três delas já presas. São Amarildo da Costa de Oliveira, o “Pelado”, que confessou o crime, seu irmão Oseney da Costa de Oliveira, o “Dos Santos”, e Jeferson da Silva Lima, o “Pelado da Dinha”.
De acordo com a polícia, outras cinco pessoas que ajudaram a enterrar os corpos foram identificados, mas seus nomes não foram identificados. Eles devem responder por ocultação de cadáver.
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O motivo do crime ainda não está claro para a polícia. Inicialmente, a polícia trabalhava com a hipótese de vingança por denúncias de Bruno contra a pesca ilegal na região, mas a investigação não descarta o envolvimento também de cartéis de tráfico de drogas na região.
O Vale do Javari, na Amazônia, local das mortes, é a segunda maior terra indígena do país e o local é famoso pelos conflitos entre garimpeiros e indígenas.