O procurador Demétrius Oliveira de Macedo, que agrediu a procuradora-geral da prefeitura de Registro Gabriela Samadello Monteiro de Barros a socos e pontapés, tem histórico de problemas com colegas de trabalho, sendo sempre mulheres, segundo a Polícia Civil. Após ser preso, ele afirmou em depoimento que era vítima de “assédio moral” e que isso motivou a agressão.
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Segundo informações do jornal “Extra”, o delegado Daniel Vaz Rocha, do 1º Distrito Policial de Registro, contou que durante a prisão Macedo se manteve tranquilo e não esboçou reação. “Ele aceitou as ordens e não precisou ser algemado. Durante todo o trajeto, ficou em silêncio”, contou.
O delegado destacou que o procurador tem um histórico de problemas com colegas de trabalho, sempre do sexo feminino, sendo que é acusado de tratá-las mal e ser “descortês e rude”. Era exatamente por isso que foi aberto um processo administrativo contra o procurador, segundo afirmou a procuradora Gabriela.
O investigador destacou, ainda, que Macedo já relatou problemas psiquiátricos no passado chegando, inclusive, a pedir exoneração da Prefeitura de Registro alegando questões de saúde mental. No entanto, ele mesmo voltou atrás e pediu judicialmente a reintegração ao cargo, o que foi aceito pela prefeitura.
Prisão
Macedo foi preso na manhã de quinta-feira após ser achado em uma clínica psiquiátrica em Itapecerica da Serra. Ele era procurado pelos policiais desde quarta-feira (22) e era considerado foragido.
O pedido de prisão havia sido feito pela Polícia Civil de São Paulo, alegando que o acusado “vem tendo sérios problemas de relacionamento com mulheres no ambiente de trabalho, sendo que, em liberdade, expõe a perigo às vidas delas, e consequentemente, à ordem pública”.
Por enquanto, ele foi afastado do cargo e está sem receber salário por 30 dias, a contar do dia 21 de junho. A Prefeitura de Registro informou que esse procedimento faz parte do processo administrativo que deve terminar com a exoneração do procurador.
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A defesa de Macedo não foi localizada para comentar o caso até a publicação desta reportagem.
Agressão
A agressão foi filmada por colegas de trabalho e mostra a violência com que o procurador ataca Gabriela, desferindo socos e chutes enquanto ela está caída no chão, na última segunda-feira (20).
Veja as imagens (ATENÇÃO, IMAGENS FORTES)
Em seu depoimento, a procuradora-geral disse que “tinha medo” do agressor, pois ele apresentava um comportamento totalmente antissocial há pelos menos três anos e era hostil também com outras mulheres que trabalhavam no local, mas nunca imaginou que a situação pudesse virar um episódio de violência.
“Foi exposta a minha dignidade, né, como mulher. Fui desrespeitada como servidora pública, foi um desrespeito global da minha personalidade”, disse em entrevista à Rede Globo.
Após a violência, o agressor chegou a ser levado ao 1º Distrito Policial (DP) do município, onde foi registrado um boletim de ocorrência. Em seguida, ele foi liberado e só foi preso após a repercussão do caso.
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