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Volta ao trabalho presencial causa mais ansiedade na comunidade LGBTQIAP+, mostra pesquisa do LinkedIn

Estudo revelou ainda que comunidade queer sofre mais com problemas relacionados à saúde mental do que público heterossexual cisgênero.

Uma pesquisa realizada pelo LinkedIn revelou que 42% dos membros da comunidade LGBTQIAP+ afirmam que pensar em estar presencialmente no trabalho causa ansiedade. Entre o público heterossexual cisgênero, apenas 22% se sentem dessa forma.

Além disso, a comunidade queer também sofre ou já sofreu mais com algum problema relacionado à saúde mental (47%) se comparado com os que não se identificam como LGBTQIAP+ (21%).

O levantamento também apontou que 8 em cada 10 membros da comunidade se sentem confortáveis para compartilhar sua identidade de gênero e/ou orientação sexual no ambiente de trabalho. Apesar do dado expressivo, percebe-se também um aumento no número de pessoas que alegam ter sofrido algum tipo de discriminação (43%), principalmente por meio de piadas e comentários homofóbicos, frente a 35% em 2019, ano de lançamento do primeiro estudo.

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Além disso, quando separadas por orientação sexual, observa-se uma grande diferença no percentual de pessoas que consideram o Brasil um país homofóbico: 75% dos integrantes da comunidade LGBTQIAP+ contra 49% dos heterossexuais cisgêneros.

Conduzida pela Opinion Box, a pesquisa entrevistou mais de 1.100 profissionais LGBTQIAP+ e heterossexuais cisgêneros de todo o Brasil.

O papel das empresas

A pesquisa mostrou que os entrevistados têm a visão de que as companhias deveriam exercer um papel ativo na promoção de igualdade entre os colaboradores.

Entre o público geral, 72% acreditam que deveria haver punição para quem comete discriminação no ambiente de trabalho por causa da orientação sexual de seus colegas e, mesmo no Brasil onde a homofobia é crime, 28% não concordam com a afirmação.

Sobre a visão dos heterossexuais cisgêneros em relação à presença da comunidade no ambiente de trabalho, 60% dos entrevistados afirmam que trabalham com algum membro da comunidade LGBTQIAP+. Entre elas, 53% já presenciaram ou ouviram falar de alguma situação discriminatória devido à orientação sexual ou identidade de gênero dos membros da comunidade LGBTQIAP+.

Apesar de 80% dos respondentes acharem importante a empresa se posicionar na promoção da igualdade, 50% dos trabalhadores LGBTQIAP+ percebem que essas ações com foco em diversidade se mantiveram iguais do período pré-pandemia para o atual.

Falta de representatividade trans

O estudo apontou ainda que 45% dos profissionais afirmam nunca ter trabalhado com pessoas trans. Neste cenário, 77% dos entrevistados sentem falta de representatividade de profissionais transgêneros no mercado de trabalho formal. Considerando apenas a comunidade LGBTQIAP+ , esse percentual é ainda maior: 84%.

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