Motoristas e cobradores de ônibus da capital paulista voltaram a entrar em greve desde a 0h desta quarta-feira (29). Segundo a SPTrans, a medida afeta 675 linhas diurnas e 6.008 ônibus, que transportariam 1,5 milhão de passageiros no pico da manhã (veja a relação das empresas abaixo).
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Por conta da greve, a Prefeitura de São Paulo suspendeu o Rodízio Municipal de Veículos. Com isso, carros com placas 5 e 6 podem circular. Faixas exclusivas e corredores de ônibus também estão liberados.
As zonas de restrição para veículos pesados, como restrições como Zona de Máxima Restrição à Circulação de Caminhões (ZMRC) e a Zona de Máxima Restrição ao Fretamento (ZMRF), assim como a Zona Azul, continuam funcionando normalmente.
No total, a cidade de São Paulo tem 11.783 ônibus, que são operados por 24 empresas. A greve atinge 13 delas, segundo a SPTrans. A companhia destacou que, durante esta madrugada, 88 linhas do noturno não operaram. Depois das 4h, foi interrompida a operação em todas as garagens dos grupos estrutural e de articulação regional.
As vans do serviço Atende+, que transportam pessoas com deficiência de alto grau de severidade, estão operando normalmente.
A Secretaria de Transportes Metropolitanos destacou que antecipou a oferta de trens em circulação e ampliar o horário de pico. Já o Metrô, CPTM, ViaQuatro e ViaMobilidade estão com trens reservas em condições operacionais em todas as linhas para o atendimento aos passageiros.
A prefeitura da capital informou, ainda, que a liminar que obteve no final de maio para manutenção de 80% da frota operando em horário de pico e 60% nos demais horário segue válida e a SPTrans solicitou o aumento do valor da multa diária, que atualmente é de R$ 50 mil.
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Reivindicações
Essa é a segunda greve feita pela categoria em duas semanas. No último dia 14, os trabalhadores paralisaram os serviços no chamado sistema estrutural, afetando 713 linhas e 6,5 mil ônibus.
Na ocasião, houve um acordo para o pagamento do reajuste salarial de 12,47% como era pedido pelos motoristas. No entanto, segundo o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (Sindmotoristas), outras reivindicações, como hora de almoço remunerada, PLR e plano de carreiras ainda não foram atendidas.
Assim, em assembleia na noite de terça-feira (28), na sede da entidade, na Liberdade, eles decidiram parar novamente.
“Já se passaram dois meses das nossas negociações e os patrões mostraram-se intransigentes, pedindo prazos, paciência e protelando decisões. A categoria está estafada dessa enrolação”, disse o presidente em exercício do Sindmotoristas, Valmir Santana da Paz (Sorriso).
O sindicato destacou que a greve deverá durar 24 horas. A categoria deve se reunir para uma nova assembleia nesta quarta-feira, às 16h, na sede do sindicato, para tratarem do futuro do movimento.
Veja a relação de empresas com a operação paralisada, segundo a SPTrans:
- Santa Brígida (Zona Norte)
- Gato Preto (Zona Norte)
- Sambaíba (Zona Norte)
- Viação Metrópole (Zona Leste)
- Ambiental (Zona Leste)
- Via Sudeste (Zona Sudeste)
- Campo Belo (Zona Sul)
- Viação Grajaú (Zona Sul)
- Gatusa (Zona Sul)
- KBPX (Zona Sul)
- MobiBrasil (Zona Sul)
- Viação Metrópole (Zona Sul)
- Transppass (Zona Oeste)
- Gato Preto (Zona Oeste)
Veja a relação das empresas operando normalmente:
- Norte Buss (Zona Norte)
- Spencer (Zona Norte);
- Express (Zona Leste);
- Transunião (Zona Leste)
- UPBUS (Zona Leste)
- Pêssego (Zona Leste)
- Allibus (Zona Leste)
- Transunião (Zona Sudeste)
- MoveBuss (Zona Leste)
- A2 Transportes (Zona Sul)
- Transwolff (Zona Sul)
- Transcap (Zona Oeste)
- Alfa Rodobus (Zona Oeste)