Durante um encontro com lideres ortodoxos do Patriarcado Ecumênico de Istambul, nesta quinta-feira, o papa Francisco classificou a guerra da Ucrânia como uma “guerra de agressão cruel e sem sentido” que está colocando os cristãos uns contra os outros.
O papa fez ainda uma referência à Rússia quando afirmou aos líderes ortodoxos que era preciso reconhecer que “a conquista armada, o expansionismo e o imperialismo não têm nada a ver com o reino que Jesus proclamou.”
Embora os ramos oriental e ocidental do cristianismo estejam separados há mais de um milênio, o papa ainda tem alguma influencia na igreja bizantina, da qual russos e ucranianos cristãos fazem parte.
“Nosso mundo está perturbado por uma guerra de agressão cruel e sem sentido em que muitos, muitos cristãos estão lutando entre si”, disse o papa durante o encontro.
A guerra na Ucrânia tem aparecido cada vez mais nos discursos do papa, que criticou o bombardeio de um shopping center na Ucrânia na última quarta-feira e há duas semanas chamou as tropas russas de “brutais, cruéis e ferozes.
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Em um texto publicado no dia 14 deste mês, papa Francisco elogiou os ucranianos por lutarem pela sua sobrevivência, mas disse também que a guerra era “talvez de alguma forma provocada”.
“Isso é o que nos move: ver tamanho heroísmo. Eu realmente gostaria de enfatizar este ponto, o heroísmo do povo ucraniano. O que está diante de nossos olhos é uma situação de guerra mundial, interesses globais, venda de armas e apropriação geopolítica, que é martirizar um povo heróico”, afirmou.
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