A modelo e sniper brasileira Thalita do Valle, de 39 anos, foi mais uma vítima da guerra na Ucrânia. Ela morreu no último sábado (2), em um bombardeio na cidade de Kharkiv. O “UOL” trouxe detalhes sobre sua vida e trajetória em conflitos em reportagem publicada nesta segunda-feira (4).
Thalita era aliada das tropas ucranianas. Atriz, modelo, estudante de Direito, ativista de causas animais, socorrista e atiradora de elite, ela perdeu a vida no mesmo ataque que também vitimou o ex-militar do Exército brasileiro Douglas Búrigo. Segundo combatentes, ele teria retornado a um bunker para resgatar Thalita.
A guerra na Ucrânia não era o primeiro conflito da sniper. Ela já havia participado de uma missão contra o Estado Islâmico no Iraque, Curdistão iraquiano e Curdistão Sírio há três anos.
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No Brasil, era socorrista e havia feito cursos de tiro, mas foi na experiência internacional que recebeu treinamento para se tornar atiradora de elite.
Ela chegou a registrar imagens em vídeo do que viu e viveu, e a ideia era lançar um livro, segundo a família relatou ao portal de notícias.
‘Vocação para salvar vidas’
Théo Rodrigo Vieira, irmão de Thalita, contou ao “UOL” que a atiradora, ao entrar no exército curdo, se especializou em tiros de precisão, com armas longas. “A Thalita era do exército feminino e integrava uma linha de frente com atiradoras de elite. Era uma heroína, e a vocação dela era salvar vidas, correndo atrás de missões humanitárias”, disse.
Segundo Théo, a especialidade da irmã era atuar como socorrista. Ele a classificou como uma “progressista genuína defensora da paz”. “Ela pegava em armas apenas porque era um contexto de guerra.”
O último contato de Thalita com a família ocorreu no dia 27 de junho. Ela tinha acabado de se deslocar para a cidade de Kharviv.
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