O ex-primeiro ministro japonês Shinzo Abe, 67 anos, foi baleado e morto nesta sexta-feira na idade de Nara, perto de Quioto, durante um comício, segundo notícia da NHK, a televisão estatal do Japão.
O suspeito pelo crime chama-se Tetsuya Yamagami, de 40 anos e, segundo a polícia, usou um “equipamento semelhante a uma arma” para cometer o homicídio. O motivo do assassinato ainda não foi divulgado.
No momento do assassinato, Abe discursava em apoio a Kei Sato, um membro do Parlamento japonês que concorre à reeleição como representante da cidade de Nara. As eleições parar o Senado no Japão estão marcadas para domingo.
O ex-primeiro ministro chegou a ser levado para o hospital, mas sangrou até morrer, segundo os médicos, devido a dois ferimentos profundos no corpo, um deles no lado direito do pescoço. Os médicos disseram que ele já chegou sem sinais vitais, mas foi reanimado e aguentou mais 5h30 antes de morrer.
Segundo uma fonte anônima do governo, Abe caiu após o ataque, feito pelas suas costas, e sangrava muito pelo pescoço. A mídia japonesa disse que a arma usada para matá-lo foi uma escopeta.
Em um pronunciamento oficial, o chefe do governo, Fumio Kishida, classificou o atentado como ‘absolutamente imperdoável’. “É um ato de barbárie durante a campanha eleitoral, que é a base da democracia, e é absolutamente imperdoável. Condeno este ato nos termos mais fortes”, disse.
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Shinzo Abe, de 67 anos, foi primeiro-ministro do Japão entre 2006 e 2007 e, mais tarde, entre 2012 e 2020.
Em seu primeiro mandato Abe tinha 52 anos, em 2006, e se tornou o mais jovem candidato a ocupar o cargo no Japão, sendo considerado pelas forças políticas da época como um símbolo de mudança e de juventude.