A demanda por mão de obra em tecnologia segue alta no Brasil. De acordo com um levantamento realizado pela empresa de recrutamento Robert Half com base em dados do Ministério do Trabalho, 19.376 vagas para profissionais qualificados foram criadas no primeiro trimestre de 2022, sendo que o setor de tech liderou o ranking entre os 19 pesquisados, com saldo de 5.775 postos. Nessa cenário bastante promissor, o setor de TI (Tecnologia da Informação), especificamente, faz brilhar os olhos de quem busca uma transição de carreira.
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A necessidade de profissionais especializados ficou ainda mais evidente durante a pandemia da covid-19 e se mostrou irreversível daqui para frente.
“Com certeza tecnologia é o campo que mais se destaca no mercado. Tivemos recordes durante a pandemia, em que enxergamos mais oportunidades. É o setor que mais cresce, que mais contribui e que consome financeiramente para a própria evolução das empresas, A TI deixa de ser um centro de custo e passa a ser uma área estratégica que contribui diretamente com o negócio. E onde está a maior oferta de vagas é certamente a área de desenvolvimento de software e programação”, explica Raphael Carriço, gerente da divisão de TI da Michael Page & Page Personnel, player focado em recrutamento especializado.
Carriço diz que qualquer profissional pode passar a atuar na área de TI, mas existem alguns requisitos comportamentais importantes que ajudam o profissional a se desenvolver. São eles: curiosidade, autodidatismo, saber pesquisar, ter interesse por aprender e conhecer coisas novas.
Não existe idade para migrar para a área de TI. “É um mercado inclusive que tem uma integração e um projeto muito forte com o grupo 60+.”
O especialista da Michael Page & Page Personnel afirma que, apesar da alta demanda, trata-se de setor muito disputado. “É um mercado em que a mão de obra qualificada ainda é escassa. Então quem tiver preparo técnico e comportamental colaborativo vai se destacar. Importante saber que não é um mercado fácil. É disputado, mas é grande.”
O salário inicial pode variar de R$ 1,5 mil para vaga de estágio a R$ 3,5 mil para uma posição de nível júnior.
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Como dar o primeiro passo
O gerente orienta que os interessados em ingressar na área de TI busquem qualificação e educação formal. “Faça matrícula em uma boa faculdade ou em bons curso de acordo com o que se identifica mais — desenvolvimento, projetos, infraestrutura ou sistemas, por exemplo. A faculdade é um ótimo caminho, porque leva a estágios em empresas que podem desenvolver a carreira.”
Em se tratando da graduação, destacam-se os cursos de ciências da computação, análise de sistemas e sistemas de informação. Quanto aos tecnólogos, Carriço elenca algumas opções em alta: sistemas de informação, infraestrutura e gerenciamento de redes e gestão de tecnologia da informação.
Por fim, ele alerta para outros setores promissores dentro da área de tecnologia em que vale a pena ficar de olho: cloud computing, dados e analytics e segurança da informação.