A família de um adolescente de 12 anos denunciou à Polícia Civil que ele foi vítima de um estupro coletivo dentro de uma escola pública no Recife, em Pernambuco. Segundo eles, a violência foi cometida por outros alunos que, além de agredir a vítima, ainda a ameaçaram com uma arma.
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Segundo o site G1, a mãe do menor, que não foi identificada, contou que o adolescente tinha medo e ficava dentro da sala de aula para não ser abordado. Mesmo assim, os agressores foram atrás dele, cometendo o crime no último dia 15 de março.
“Eles entravam, jogavam ele no chão e espancavam ele ali, no chão, para ninguém ver. Chegaram ao ponto de levar ele para o banheiro, né? Aí, botaram arma na cara dele. E foi quando três deles seguraram ele e os outros cometeram o abuso”, relatou a mulher.
O caso foi denunciado à Polícia Civil, no último dia 13 de abril, e registrado como ameaça e estupro de vulnerável. Depois disso, o adolescente passou por exames no Instituto de Medicina Legal (IML) e foi encaminhado para fazer um tratamento psicológico.
Temendo as ameaças de morte que recebeu, a família decidiu mudar para outra cidade. A mãe disse que o filho ficou traumatizado. “Acabou com a saúde mental, social, saúde. Acabou com a vida do meu filho. [...] Eles sabiam onde ele morava, eles ameaçavam toda a família, sabiam o nome da gente”, disse.
Investigação
Procurada pela reportagem, a Secretaria de Educação e Esportes (SEE) de Pernambuco confirmou, em nota, que o caso de estupro dentro de uma escola pública é investigado pela polícia e destacou que a gestão da unidade prestou depoimento no início de julho.
“A Secretaria de Educação reitera o compromisso com a cultura de paz no ambiente escolar, onde todo e qualquer tipo de preconceito é inadmissível. Em caso de violência, os estudantes são orientados a informar aos professores e a gestão da escola, que fazem escuta ativa e tomam as medidas cabíveis para sanar o problema”, disse o texto.
Já a Delegacia da Criança e do Adolescente (DPCA) informou que “o inquérito policial será remetido para a Delegacia de Polícia de Atos Infracionais da Criança e do Adolescente, pois durante as diligências foi constatado que os suspeitos do ato são adolescentes. Mais informações não podem ser repassadas no momento”.