As lesões foram a principal causa para o afastamento no trabalho em 2021, aponta um levantamento realizado pela B2P, consultoria especializada no acompanhamento e gestão de funcionários afastados por razões médicas, da It’sSeg Company.
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Na segunda posição da lista aparecem as doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo -incluindo tendinites e dores musculares em diversas regiões, como a lombar. Transtornos mentais e comportamentais estão na terceira colocação.
A pesquisa também identificou que a covid-19 caiu do quarto para o quinto motivo mais frequente de afastamentos, superada por fatores que influenciam o estado de saúde e o contato com os serviços de saúde — fatores socioculturais diversos que têm relação com quadros de pressão arterial alta, uso de álcool, tabagismo, falta de atividade, desconhecimento de riscos ocupacionais e outros.
O levantamento da consultoria inclui um recorte de 364 mil colaboradores em 15 empresas brasileiras de diversos setores.
Novo cenário
De acordo com Marlene Capel, diretora da B2P, a retomada do trabalho em regime híbrido em 2021 trouxe um novo cenário que, de forma geral, apresentou mudanças em relação a hábitos de vida, posturas, alimentação e estrutura para o trabalho, o que refletiu em redução de concessões de benefícios. “Verificamos menor tempo de duração do afastamento, seja por dificuldades administrativas no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), seja pela recuperação que possivelmente se tornou mais prolongada”, explicou.
“Enquanto as doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo tiveram uma queda, provavelmente por conta da adaptação ao modelo híbrido durante os dois anos de pandemia, as lesões mantiveram-se no patamar de 2020 e tornaram-se o motivo mais frequente de ausência no trabalho, possivelmente em função do retorno gradual às atividades presenciais”, completou a diretora.
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