O Estado de São Paulo lidera o número no país de casos de monkeypox, a varíola dos macacos. Segundo dados do Ministério da Saúde, são 595 registros confirmados. Já em todo o Brasil, até o início da noite de terça-feira (26), eram são 813 infecções pela doença.
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Além dos casos de pacientes paulistas, o país também tem registros no Rio de Janeiro (109), Minas Gerais (42), Distrito Federal (13), Paraná (19), Goiás (16), Bahia (3), Ceará (2), Rio Grande do Sul (3), Rio Grande do Norte (2), Espírito Santo (2), Pernambuco (3), Mato Grosso do Sul (1) e Santa Catarina (3).
Por conta do número de casos, o país é o sexto do mundo no ranking de diagnósticos positivos. Por conta disso, a líder técnica da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o controle da doença, Rosamund Lewis, disse que a situação brasileira “é muito preocupante” e que é importante que as autoridades tomem conhecimento da emergência de saúde pública de interesse internacional e tomem as medidas adequadas.
No sábado (23), o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou que a varíola dos macacos configura emergência de saúde global. O objetivo, segundo ele, é que haja mais esforços por parte da comunidade internacional.
“Acreditamos que isso possa mobilizar o mundo a agir em conjunto. Precisamos de coordenação e solidariedade para que sejamos capazes de controlar a varíola dos macacos”, afirmou Adhanom em coletiva de imprensa realizada em Genebra, na Suíça.
Uma das principais estratégias contra a doença é conseguir a vacina que garante proteção de 80% contra o vírus, que está sendo fabricada na Dinamarca. O Governo de São Paulo já informou que pretende comprar doses ou até produzi-las no Instituto Butantan. O Ministério da Saúde também já destacou que se mobiliza para obter os imunizantes.
No entanto, segundo o ministério, por enquanto a vacinação em massa não é preconizada pela OMS em países não endêmicos para a enfermidade, como é o caso do Brasil. A recomendação é que sejam imunizadas pessoas que tiveram contato com casos suspeitos e profissionais de saúde com alto risco ocupacional diante da exposição ao vírus.
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O vírus
De acordo com o site Tua Saúde, a varíola dos macacos, também chamada de Monkeypox, é uma condição rara causada pelo vírus do gênero Orthopoxvirus, presente em roedores. O nome se dá pois sinais de uma doença parecida com a varíola foram encontrados em testes feitos em macacos de laboratórios nos anos 50. O primeiro caso humano foi identificado em 1970.
Sintomas
Os sinais iniciais da doença são:
- Bolhas e feridas na pele acompanhadas de coceira e dor;
- Febre;
- Calafrios;
- Dor de cabeça;
- Dor muscular;
- Cansaço excessivo,
- Dor nas costas.
Esses sintomas costumam aparecer de 5 a 21 dias após o contato com o vírus e podem durar entre duas semanas e 21 dias.
Transmissão
A transmissão da doença acontece caso haja contato com alguém infectado, seja por meio de secreções, respiração, tosse ou fala. Contudo, para que ocorra a transmissão, o contato deve ser prolongado.
Além desse tipo de contágio, a transmissão também ocorre através das secreções das bolhas e feridas que aparecem na pele ou ainda por objetos contaminados. Mordida de roedores infectados, consumo de carne mal cozida de animais infectados e o contato com secreções desses animais também podem causar a doença.
Não há tratamento específico para a doença, mas os quadros clínicos costumam ser leves, sendo necessários o cuidado e a observação das lesões. O maior risco de agravamento acontece, em geral, para pessoas imunossuprimidas com HIV/AIDS, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos de idade.
Para a prevenção, deve-se evitar o contato próximo com a pessoa doente até que todas as feridas tenham cicatrizado, assim como com qualquer material que tenha sido usado pelo infectado. Também é importante a higienização das mãos, lavando-as com água e sabão ou utilizando álcool gel.
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