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Cidade de SP confirma primeiros casos de varíola dos macacos em crianças; veja os sintomas

Prefeitura diz que elas são monitoradas e não apresentam quadros mais graves da doença

Braço com erupções de pele características da varíola dos macacos
Prefeitura de SP confirma os primeiros casos de crianças com varíola dos macacos na capital Varíola do macaco (Reprodução)

Três crianças tiveram diagnóstico positivo para monkeypox, a varíola dos macacos, na Cidade de São Paulo. A informação foi confirmada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) na noite de quinta-feira (28). Segundo a pasta, esses são os primeiros casos nessa faixa etária. No total, o estado já soma 744 registros da doença.

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A secretaria destacou, ainda, que as três crianças, que são duas meninas de seis anos e um menino, de quatro, são monitoradas e que não apresentam sinais de agravamento. Além dos registros positivos do vírus na capital, há casos em mais 41 cidades paulistas.

Em um comunicado, a SMS ressaltou que “no último sábado (23), a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou que a doença é uma emergência de saúde pública, de caráter global. Com a nova realidade internacional, busca-se aumentar a coordenação entre os países e reforçar os mecanismos de busca ativa, com o objetivo de implementar medidas que ajudem a conter a circulação do vírus.”

Ainda conforme a prefeitura, “desde os primeiros alertas da OMS para a doença, a SMS instituiu protocolos para toda a rede pública e privada para o atendimento dos casos suspeitos. O órgão está com toda a operação de atendimento, diagnóstico e monitoramento em pleno funcionamento”, ressaltou o texto.

Dados divulgados na tarde de quinta-feira mostraram que em todo o país são 978 casos de monkeypox. Além dos 744 de São Paulo, há registros no Rio de Janeiro (117), Minas Gerais (44), Paraná (19), Goiás (13), Bahia (5), Ceará (4), Rio Grande do Sul (3), Rio Grande do Norte (2), Espírito Santo (2), Pernambuco (3), Tocantins (1), Mato Grosso (1), Acre (1), Santa Catarina (4) e no Distrito Federal (15).

Prevenção

Uma das principais estratégias contra a doença é conseguir a vacina que garante proteção de 80% contra o vírus, que está sendo fabricada na Dinamarca. O Governo de São Paulo já informou que pretende comprar doses ou até produzi-las no Instituto Butantan. O Ministério da Saúde também já destacou que se mobiliza para obter os imunizantes.

No entanto, segundo o ministério, por enquanto a vacinação em massa não é preconizada pela OMS em países não endêmicos para a enfermidade, como é o caso do Brasil. A recomendação é que sejam imunizadas pessoas que tiveram contato com casos suspeitos e profissionais de saúde com alto risco ocupacional diante da exposição ao vírus.

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Na quarta-feira (27), o diretor Geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, voltou a pedir que as pessoas restrinjam o número de parceiros sexuais para tentar conter a transmissão da doença, que já teve mais de 18 mil casos reportados em vários países em todo o mundo.

Varíola dos macacos (Wikimedia Commons / National Institute of Allergy and Infectious Diseases (NIAID))

O vírus

De acordo com o site Tua Saúde, a varíola dos macacos, também chamada de Monkeypox, é uma condição rara causada pelo vírus do gênero Orthopoxvirus, presente em roedores.

O nome se dá pois sinais de uma doença parecida com a varíola foram encontrados em testes feitos em macacos de laboratórios nos anos 50. O primeiro caso humano foi identificado em 1970.

Sintomas e transmissão

Os principais sintomas detectados na maioria dos casos relatados, de acordo com a OMS, são erupção cutânea, febre, fadiga, dor muscular, diarreia, vômito, dor de cabeça e de garganta.

No entanto, eles podem variar de paciente para paciente e serem confundidos com uma gripe. Alguns pacientes apresentaram uma única bolha ou mancha na pele, e não partes do corpo completamente tomadas pelas erupções. Há pacientes que tiveram erupções apenas nas partes genitais também.

A transmissão é feita pelo contato direto com as feridas, com fluidos corporais ou com secreções respiratórias das pessoas contaminadas. As crostas das feridas contaminadas também podem infectar quem tiver contato com elas.

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