O advogado Victor Stephen Pereira Coelho, de 27 anos, foi morto a facadas após deixar uma festa na Praça da República, no Centro do Rio de Janeiro. Um laudo do exame de necropsia, divulgado na terça-feira (2), mostraram que ele foi atingido sete vezes e que uma lesão no tórax foi fatal. O principal suspeito do crime teve a prisão decretada pela Justiça, mas segue foragido.
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Veja abaixo o que se sabe do caso até agora:
Como ocorreu o crime?
O advogado foi atacado na madrugada do último dia 23 de julho, logo depois de sair de uma festa no Centro do Rio. Segundo as investigações, ele e outros três colegas de trabalho saíram do escritório naquela data ao fim do expediente e seguiram para a comemoração, conhecida por “Samba da Raça”.
Câmeras de segurança da região mostraram quando ele se encontrou com o homem suspeito por sua morte, identificado pela polícia como Wilson José Câmara de Oliveira, de 37 anos.
Os dois os apareceram juntos andando pela Rua da Constituição, virando à direita da Praça da República e seguindo em direção a estação Saara do VLT. No local, eles conversaram por alguns minutos.
Momentos mais tarde, Victor foi atacado. Ele tentou fugir, mas foi derrubado e esfaqueado. O criminoso fugiu levando a carteira e o celular da vítima.
O advogado, que estava sem seus documentos pessoais, foi encontrado por policiais do 5º Batalhão (Praça da Harmonia) já sem vida.
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O que diz a investigação?
O caso passou a ser apurado pela Polícia Civil, que identificou o suspeito do crime. A 29ª Vara Criminal da Capital do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) expediu um mandado de prisão temporária contra Wilson José, mas ele segue foragido.
O Disque Denúncia chegou a divulgar, na segunda-feira (1º), um cartaz que mostra uma foto do suspeito e pedindo informações sobre o paradeiro dele.
O delegado Rômulo Assis, responsável pelo caso na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), disse que os indícios apontam que vítima e assassino não se conheciam, mesmo tendo se encontrado antes do crime. Sendo assim, o caso é tratado como um latrocínio.
“A gente acredita que eles não se conheciam e se conheceram no dia. Contudo, as imagens são evidentes de que eles conversam por bastante tempo e demonstrando bastante intimidade. Mas, de fato, ninguém que conhecia o Victor e estava com ele na festa, no samba na Praça Tiradentes, familiares ou amigos, sabia deste conhecimento prévio. Então não temos elementos para dizer que eles se conheciam de fato”, afirmou Assis em entrevista ao site G1.
Outros assaltos
Na mesma madrugada em que o advogado foi morto, outras pessoas procuraram a polícia para denunciar que foram vítimas de um assaltante. A polícia apura se há ligação entre os casos.
Uma câmera de segurança também registrou o momento em que Wilson José mostrou uma faca para o segurança de uma loja nas imediações da estação Saara do VLT, no Centro do Rio.
Em depoimento à DHC, o segurança afirmou que foi abordado pelo suspeito e que foi intimidado, quando ele mostrou uma faca e uma tornozeleira eletrônica. Ele destacou que o homem disse que faria “sua correria” no local e que não queria ser interrompido.