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Mulher é presa suspeita de contratar ‘videntes’ para aplicar golpe milionário contra a própria mãe, no RJ

Prejuízo da vítima foi estimado em mais de R$ 725 milhões; outros três suspeitos foram detidos

Golpe foi arquitetado pela própria filha da vítima
Polícia Civil recuperou quadro de Tarsila do Amaral roubado de idosa vítima de golpe, no RJ (Divulgação/Polícia Civil)

Uma mulher foi presa suspeita de aplicar um golpe milionário contra a própria mãe, uma idosa de 82 anos, na Zona Sul do Rio de Janeiro. De acordo com a Polícia Civil, ela contratou pessoas que se passavam por videntes para convencer a vítima a pagar por um “trabalho espiritual” a fim de salvá-la da morte. O prejuízo foi estimado em R$ 725 milhões, incluindo obras de artes, como um quadro de Tarsila do Amaral avaliado em R$ 250 milhões.

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O caso foi investigado pela Delegacia Especial de Atendimento à Pessoa da Terceira Idade (Deapti), que realizou uma operação na manhã desta quarta-feira (10) para recuperar os bens da vítima, cuja identidade não foi revelada. Durante os trabalhos, a filha da mulher foi presa, assim como mais três suspeitos.

Segundo a polícia, o plano para enganar a idosa foi arquitetado pela filha desde o início de 2020. Na ocasião, ela contratou uma mulher, que dizia ser uma vidente, para abordar a vítima no meio da rua e alertá-la sobre uma morte de aconteceria na família.

Assim, a vidente levou a idosa para conversar com outros colegas, que confirmaram a previsão de que a filha dela morreria. Assustada, a vítima foi orientada a realizar “um trabalho” para evitar a morte. Assim, a vítima começou a fazer pagamentos para os golpistas.

Ainda de acordo com a investigação, a filha chegou a fingir para a mãe que estava doente e que passava por um tratamento médico. Mas, aos poucos, a idosa foi estranhando a situação e acabou descobrindo que estava sendo vítima de um golpe.

A partir daí, ela passou a ser ameaçada e foi obrigada a fazer mais depósitos para os criminosos, além de entregar joias. Ela também teve pelo menos 16 quadros roubados pelo grupo, incluindo obras de Tarsila do Amaral e de Di Cavalcanti.

A polícia obteve seis mandados de prisão e 16 de busca e apreensão contra os bandidos e conseguiu recuperar três das obras de artes em São Paulo. Já os demais ainda não, pois foram vendidos para o Museu de Arte Latino-Americano, em Buenos Aires.

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