O OMS (Organização Mundial da Saúde) disse que já estuda um novo nome para a Varíola dos Macacos. O objetivo seria evitar a criação de estigmas ou preconceitos contra os animal, que vêm sendo mortos no interior de São Paulo e em outras regiões.
A epidemiologista Margaret Harris, porta-voz da organização, disse na última nesta terça-feira (9) que o atual surto representa um risco de transmissão que vem de humanos, condenando assim os ataques a animais.
“A transmissão que estamos vendo agora com o grande surto de varíola dos macacos é uma transmissão de pessoa para pessoa. O vírus está em alguns animais, e vemos um salto para os humanos, mas não é isso que estamos vendo agora. O risco de transmissão vem de outro ser humano”, afirmou.
Segundo ela, a doença apenas ganhou esse nome por ter sido primeiro identificada nos anos 50 em macacos em um zoológico da Dinamarca. O vírus, porém, está presente em vários animais.
A epidemiologista não estabeleceu uma data exata para a definição do novo nome. “Há muito trabalho e teremos alguns anúncios em breve”, pontuou.
Enquanto isso, Harris alertou sobre o risco de relacionar a doença não só com alguns animais, mas também com uma parcela da sociedade. Segundo ela, se uma pessoa teme ser excluída por estar doente, ela não vai comunicar o problema ou procurar proteção. “Estigmatizar um grupo na sociedade apenas vai aumentar o surto”, pontuou.
Plano de enfrentamento
O governo de São Paulo anunciou na semana passada o lançamento de um plano de enfrentamento à Varíola dos Macacos.
Por meio da Rede Emílio Ribas de Combate à Monkeypox serão disponibilizados 93 hospitais e maternidades, protocolos de diagnóstico e assistência, rede credenciada de laboratórios para testagem e vigilância genômica, serviço de orientação por telefone 24h para profissionais de saúde, intensificação de ações de capacitação e a criação do Centro de Controle e Integração formado por 24 especialistas.
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