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Sobe para quatro o número de mulheres que denunciaram o modelo Bruno Krupp por estupro

Ele está preso preventivamente por atropelar e matar estudante; polícia apura denúncias

Ele foi flagrado em alta velocidade antes do acidente
Mais mulheres procuram a polícia para denunciar modelo Bruno Krupp por estupro (Reprodução/Instagram)

Subiu para quatro o número de mulheres que procuraram a Delegacia de Atendimento a Mulher de Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, para denunciar o modelo e influenciador digital Bruno Krupp por estupro. O rapaz está preso preventivamente por matar e atropelar o estudante João Gabriel Cardim Guimarães, de 16 anos, na orla da Barra da Tijuca, no último dia 30. Além disso, ele também é investigado pelo crime de estelionato.

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Segundo reportagem do jornal “O Globo”, duas das mulheres procuraram a delegacia para protocolar denúncias de abuso sexual contra o modelo na quarta-feira (10). Antes disso, outros dois casos já eram investigados pela Polícia Civil.

Em entrevista ao jornal, uma das vítimas, de 27 anos, contou que foi abusada por Krupp na madrugada de 29 de julho de 2019, após os dois se conhecerem em uma boate. Ela disse que o modelo foi agressivo e a agrediu. " Ele subiu em cima de mim e me forçou. Como estava de saia, ele rasgou a minha calcinha e acabou acontecendo. A partir daí, foi horrível: ele foi extremamente agressivo, me bateu, pegou o celular diversas vezes para tentar me filmar. Eu só queria que acabasse logo”, contou.

Ela relatou que decidiu denunciar Krupp depois de ver outras mulheres relatando que também foram estupradas por ele. Nas redes sociais, mais de 40 mulheres comentaram em uma publicação e disseram que também foram vítimas do modelo.

A outra vítima que formalizou a denúncia na delegacia foi uma modelo, que disse que foi vítima de Krupp em setembro de 2016. Ela contou que o acompanhou até uma festa, mas que ele estava bêbado e a forçou a manter relações sexuais. “Eu falei várias vezes para ele parar e ele literalmente me forçou. Depois de muito relutar eu simplesmente cedi e foi horrível. Me senti um objeto”, relatou ela.

Procurado pela reportagem, o modelo Bruno Krupp negou os crimes e afirmou que, se ocorreram relações sexuais entre ele e outras mulheres, elas se deram de maneira consensual.

Mais denúncias

Uma jovem de 21 anos registrou um boletim de ocorrência, no último mês de julho, acusando o modelo por violência sexual.

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Após a repercussão do caso, a mulher de 28 anos, que diz que foi abusada por ele seis anos atrás, contou que, na época, teve vergonha de denunciá-lo. Mas agora decidiu procurar a polícia.

“A gente ficou, mas a gente já tinha se beijado outras vezes. Só que aí ele começou a forçar muito. eu falei “eu não quero, eu não quero transar, pode parar. Aí ele me jogou, tirou a minha roupa a força, segurou meu braço e aí forçou. Eu gritava muito porque estava doendo, ele estava me machucando. Mas ele não parou”, relembrou ela.

A Polícia Civil informou que ainda apura essas denúncias contra o modelo e não divulgou mais detalhes sobre os trabalhos.

Ele foi flagrado em vídeo circulando em moto em alta velocidade
Modelo Bruno Krupp atropelou e matou o adolescente João Gabriel Cardim, no RJ (Reprodução/Redes sociais)

Atropelamento do menor e prisão do modelo

O atropelamento do adolescente ocorreu por volta das 23h do último dia 30 na Avenida Lúcio Costa, na altura do Posto 3. Câmeras de segurança mostraram Krupp circulando em alta velocidade momentos antes do atropelamento (veja abaixo):

Nas imagens é possível ver que, assim que Krupp passa na motocicleta, populares que estavam no quiosque se assustaram com a alta velocidade. Ao fundo, João Gabriel e sua mãe estavam atravessando a rua. Em seguida, as pessoas que aparecem no vídeo se mostram assustadas.

O adolescente teve uma perna amputada na hora e foi levado ao Hospital Municipal Lourenço Jorge. Ele passou por uma cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Já Krupp foi socorrido ao Hospital Municipal Lourenço Jorge, de onde teve alta no último dia 31. Em seguida, ele foi internado em um hospital particular no Méier onde, no dia 3, foi preso preventivamente.

Dias depois ele chegou a receber o aval dos médicos para ter alta, mas um médico particular contratado pela família dele dizia que ele estava com problema nos rins e que tinha que ser levado para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

A polícia passou, então, a apurar as contradições entre o laudo do hospital e do médico particular e, no último sábado (6), Krupp foi levado para a unidade de pronto atendimento do Complexo de Gericinó, em Bangu. Agora, as autoridades investigam se a conduta do médico foi uma tentativa de obstrução das investigações.

A apuração sobre o atropelamento também continua em andamento. Por enquanto, o modelo responde por homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de matar.

Modelo se defendeu em vídeo

Bruno Krupp gravou um vídeo no qual se defendeu e destacou que o ocorrido se trata de um acidente: “Eu não bebi, não usei droga”, disse. As imagens foram feitas no hospital e divulgadas pelo site “Em Off” (veja abaixo).

Na gravação, ele ressaltou que não queria ter causado a morte da vítima. “Gente, pelo amor de Deus, eu sou a última pessoa que queria que isso tivesse acontecido”, disse Krupp, que ressaltou: “Eu não bebi, eu não usei droga. Foi um acidente, gente!”.

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