O ex-empresário Paulo Cupertino, preso acusado de matar o ator Rafael Miguel e seus pais, em 2019, deverá ser ouvido pela primeira vez pela Justiça de São Paulo no próximo dia 7 de outubro. Um depoimento estava previsto para segunda-feira (22) no Fórum Criminal da Barra Funda, Zona Oeste da capital, mas outras testemunhas de defesa dele não compareceram e, como a Defensoria Pública insistiu que as oitivas são importantes, o juiz determinou que elas e o réu sejam ouvidos no mês que vem.
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O processo segue em andamento em segredo de Justiça, mas, segundo a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça (TJ), as testemunhas de acusação já foram ouvidas. Agora, restam as oitivas das testemunhas de defesa e o interrogatório do réu.
Além de Cupertino, dois amigos dele, o dono de pizzaria Eduardo José Machado e o motorista de aplicativo Wanderlei Antunes, também figuram como réus no processo e respondem em liberdade por terem ajudado o ex-empresário a fugir e a se esconder depois dos assassinatos. Assim, a expectativa é que eles também sejam ouvidos na próxima audiência.
O crime foi cometido em 2019 na frente da casa onde a filha de Cupertino, Isabela Tibcherani, morava com a mãe, no bairro Pedreira, zona sul de São Paulo. Além de matar o ator Rafael Miguel, de 22 anos, o homem também matou os pais dele, João Alcisio Miguel, de 52, e a mãe, Miriam Selma Miguel, de 50.
Depois de cometer o crime, o ex-empresário passou quase três anos foragido, mas acabou preso pela Polícia Civil no último dia 17 de maio, na capital paulista. Antes disso, esteve em outras cidades do país e há relatos de que ele estava tentando chegar ao Paraguai através da cidade de Dourados, no Mato Grosso do Sul.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, Cupertino matou o ator , seu pai e sua mãe porque não aceitava o namoro do rapaz com sua filha. Vídeos de câmeras de segurança gravaram os assassinatos na frente da casa em que Isabela morava com a mãe.
Cupertino, de 51 anos, responde por triplo homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e recurso que impossibilitou a defesa das vítimas. Ele não apresentou um advogado para defendê-lo, assim, é representado pela Defensoria Pública, que oferece assessoria jurídica gratuita a acusados.
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O advogado Ricardo Marinho, que defende os interesses de Isabela Tibcherani, disse em entrevista ao site G1 que acredita que “os réus serão levados a júri popular”. A jovem, que cortou as relações com o pai, quer que ele seja condenado pelos crimes.
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