O brasileiro Diogo Ferreira Mariano é suspeito de liderar uma quadrilha que já enviou 23 toneladas de cocaína para a Europa e está sendo procurado pela Polícia Internacional (Interpol). Conforme as investigações da Polícia Federal, a droga costumava ser levada para o exterior, desde 2018, a partir dos portos de Itaguaí (RJ) e Santos (SP).
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Mariano é alvo da Operação “Efeito Cascata”, deflagrada no Rio de Janeiro no último dia 17. De acordo com a PF, tudo indica que ele comanda a quadrilha direto de Dubai, nos Emirados Árabes, por isso a Interpol foi acionada. Até a tarde de segunda-feira (22), no entanto, ele não tinha sido localizado.
Na operação, 27 pessoas foram presas preventivamente e vão responder pelos crimes de associação à organização criminosa, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
Além disso, foram cumpridos 34 mandados de busca e apreensão, realizado o bloqueio de R$ 500 milhões dos envolvidos e o confisco de 19 imóveis. Na casa de Mariano, que em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, os policiais encontraram uma réplica da McLaren do piloto brasileiro Ayrton Senna, além de uma coleção de relógios caros.
A PF diz que as investigações revelaram que o grupo criminoso trazia a cocaína da Bolívia, por meio de caminhões. No Brasil, o material era dividido em carros menores e levado até os portos, onde eram colocados nos contêineres e enviados para a Europa.
Normalmente, as drogas eram colocadas em meio a outras mercadorias ilícitas. Um desses carregamentos foi interceptado por policiais federais no porto de Itaguaí. A corporação diz que o material pertencia ao traficante André Oliveira Macedo, conhecido como André do Rap.
Ele chegou a ser preso para cumprir uma pena de 15 anos, mas conseguiu um habeas corpus concedido pelo ministro Marco Aurélio Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), e deixou a penitenciária em outubro de 2020. Horas depois, o benefício foi cassado, mas André do Rap não foi mais encontrado. Desde então, ele também foi incluído na lista de procurados da Interpol.