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Jovem fica em estado vegetativo após receber superdosagem de remédio em hospital; polícia investiga

Ao invés de dois comprimidos de um medicamento, paciente tomou 20 e teve parada cardiorrespiratória.

Um jovem de 28 anos está em estado vegetativo em um hospital de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. A suspeita é de que houve superdosagem de remédio oferecido a ele em um hospital em outubro de 2021. Até agora, a família não recebeu nenhum tipo de amparo.

A Polícia Civil apurar os fatos que deixaram Alexandre Moraes de Lara em cima de uma cama, necessitando de cuidados 24 horas por dia.

Segundo o Hospital Humaniza, onde o paciente segue internado até hoje, o atendimento a Alexandre ocorreu na gestão anterior da unidade.

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“O Hospital lamenta profundamente o ocorrido e vem prestando toda a assistência médica necessária e disponível para a melhoria do quadro clínico do paciente. Ao mesmo tempo, vem mantendo tratativas com os familiares para, também, proporcionar o máximo de assistência e acolhimento necessários”, diz a nota.

O que aconteceu

O jovem deu entrada na unidade de saúde para tratar um problema cardíaco, uma espécie de arritmia, que ele já havia enfrentado anos antes, em 2017.

O problema foi que, ao invés de tomar dois comprimidos de um medicamento, o paciente recebeu 20. Assim, o remédio acabou provocando uma parada cardiorrespiratória.

Gabrielle Gonçalves Bressiani, esposa do jovem, estava com o paciente na época do ocorrido e diz ter questionado o técnico de enfermagem, que confirmou a dosagem. Pouco tempo depois, o rapaz passou mal.

Investigação

Segundo a esposa do paciente, o primeiro erro aconteceu na farmácia do hospital. “A farmácia, na hora de cadastrar o medicamento, cadastrou errado. Ao invés de cadastrar como 300 miligramas, que era o correto, cadastrou como 30 miligramas. Então, ao invés de tomar os dois comprimidos que ele deveria, ele tomou 20 comprimidos.”

A equipe médica tentou reanimar Alexandre e, segundo a esposa, outras falhas aconteceram, como a demora para a realização de alguns procedimentos.

A investigação policial continua. Já o CREMERS (Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul) informou que abriu uma sindicância para apurar as circunstâncias do incidente.

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Gabrielle registrou um boletim de ocorrência sobre o caso e pretende acionar a Justiça. Quando a tragédia aconteceu, ela estava grávida de três meses. A criança, atualmente com 4 meses de idade, conheceu o pai apenas na cama do hospital. Ele, por sua vez, não sabe quem ela é.

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