Já chegou a nove o número de cachorros mortos após ingerirem petiscos com suspeita de contaminação, segundo a delegada que investiga o caso. Até agora, morreram seis cães em Belo Horizonte, dois em São Paulo e um em Piumhi, no interior de Minas Gerais, mas há mais casos de animais internados em outros estados.
De acordo coma polícia, até agora há três tipos de petiscos suspeitos de provocarem de envenenarem os animais, todos de fabricação da empresa Bassar. São o Dental Care, o Every Day e o Petz Snack Cuidado Oral.
Segundo a delegada Danúbia Quadros, responsável pelo caso, são produtos de diferentes lotes. “Os petiscos que as tutoras trouxeram para a gente, todos já foram encaminhados para a realização da perícia técnica cientifica da Polícia Civil, então, a gente agora aguarda o laudo em relação aos petiscos”, disse.
Um laudo preliminar da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG feito a partir de análise de um dos animais mortos apresentou lesões renais graves associadas a alterações clínicas e metabólicas. O relatório apontou intoxicação por etilenoglicol.
Os depoimentos dos tutores mostraram que os cachorros tiveram forte desconforto abdominal, com vômitos, diarreia e prostração. Em um dos casos, o mal estar do cão da veterinária Júlia Mathias evoluiu de tal forma que foi necessária a realização de uma hemodiálise, mas o animal não resistiu e morreu de insuficiência renal.
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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento foi acionado para fazer a retirada do produto das prateleiras.
A empresa Bassar, fabricante dos petiscos, emitiu uma nota dizendo que nunca utilizou etilenoglicol e que assim que recebeu a notícia recolheu o lote de petiscos para análise. A empresa informou ainda que autoridades sanitárias inspecionaram a fábrica e não constataram contaminação na linha de produção.
O grupo Petz, onde foram comprados os petiscos supostamente contaminados, informou que retirou os produtos de todas as lojas e também notificou o fabricante. (Com informações do G1)