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Donos relatam mortes de cães após comerem petisco em pelo menos 9 estados e no DF

Em SP, polícia apura seis casos, mas número de óbitos pode chegar a 20; MG tem 8 denúncias

Procon-SP notificou empresa
Cães morreram após consumirem petisco da marca Bassar (Reprodução/Arquivo pessoal)

O número de mortes de cães após terem ingerido petiscos caninos da marca Bassar não para de subir. Em São Paulo, seis boletins de ocorrência foram registrados no 27º Departamento Policial do Campo Belo, na Zona Sul, mas conforme relatos de donos o total de vítimas já passa de 20. Em Minas Gerais, os óbitos de animais chegaram a oito. Mas há relatos também de casos no Distrito Federal, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Alagoas, Sergipe e Goiás.

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De acordo com reportagem do site G1, alguns tutores paulistas disseram que ainda não registraram as denúncias porque aguardam os laudos que comprovam o motivo das mortes dos pets. No entanto, eles dizem que todos morreram após consumir o petisco.

De acordo coma polícia, até agora há três tipos de petiscos são suspeitos de envenenarem os animais, todos de fabricação da empresa Bassar. São o Dental Care, o Every Day e o Petz Snack Cuidado Oral.

Na terça-feira (6), o Procon-SP notificou a empresa para que ela apresente a tabela nutricional dos produtos “Snac Cuidado Oral Hálito Fresco, Dental Care e Everyday; as indicações de consumo por raça, peso, idade, contraindicações e eventuais efeitos colaterais; e a autorização de comercialização destes produtos junto aos órgãos oficiais competentes”.

O órgão pediu também uma comprovação de funcionamento dos canais de atendimentos aos consumidores para receber as demandas relativas ao caso.

“A Bassar deverá enviar documentos que comprovem os testes de qualidade realizados nos produtos que compõem os lotes sob investigação, que demonstrem o processo de manipulação, acondicionamento, tempo indicado para consumo e relatório de riscos já identificados na inspeção em andamento”.

O prazo para a apresentação dos documentos e informações vai até a próxima terça-feira (13).

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A empresa Bassar, fabricante dos petiscos, emitiu uma nota dizendo que nunca utilizou etilenoglicol e que assim que recebeu a notícia recolheu o lote de petiscos para análise. A empresa informou ainda que autoridades sanitárias inspecionaram a fábrica e não constataram contaminação na linha de produção.

“De modo preventivo, a companhia está retendo em todo território nacional todos os produtos produzidos em sua planta fabril até que os laudos sejam apresentados”, disse a companhia.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento foi acionado para fazer a retirada do produto das prateleiras e a interdição da fábrica da empresa, em Guarulhos, em razão da suspeita de contaminação.

Vítimas

Em entrevista ao G1, a advogada Nayele de Freitas Guidetti, de 34 anos, disse que seu cão, Zeca, um buldogue francês de 8 anos, morreu após consumir um petisco da marca. Ele chegou a ser internado, mas não resistiu.

“Eu dei o petisco para ele, pelas minhas mãos, eu sinto como se eu tivesse matado meu cachorro”, lamentou ela.

Outro relato é de Amanda Gomes, que contou que perdeu o cachorro da mesma forma. Nick, um spitz alemão de 1 ano, também consumiu um petisco da marca.

“Ele começou a passar mal no dia 7 de agosto depois de ter comido o petisco. Levamos no veterinário, e ele ficou internado. Quando foi no domingo (14), refizeram os exames e nos disseram que a melhor opção era sacrificar”, relatou.

O grupo Petz, onde foram comprados os petiscos supostamente contaminados, informou que retirou os produtos de todas as lojas e também notificou o fabricante.

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