Um jovem de 19 anos foi morto a tiros por um GCM (Guarda Civil Metropolitano) após sair da universidade na noite da última terça-feira (27), em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. O agente, preso em flagrante, disse que achou que seria assaltado e, por isso, atirou.
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De acordo com o boletim de ocorrência, a mãe de Lucas Costa Souza contou que o filho cursava Administração de Empresas no Senac e que o pai sempre o buscava com o carro da família. Na terça, porém, ela avisou ao garoto que a gasolina do carro havia acabado no meio do percurso e pediu que ele fosse até o ponto de ônibus.
Momentos depois, o rapaz abriu a porta do passageiro de um carro semelhante ao do pai, vermelho e com vidros escuros. O veículo em questão era conduzido pelo GCM Marcelo Antônio de Oliveira Júnior. O agente, então, atirou contra o rapaz, achando que se tratava de um assalto.
A mãe de Lucas acredita que o filho confundiu o carro do guarda civil com o do pai e ressaltou que ele tinha o costuma abrir a porta sem checar quem estava dentro.
O estudante chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
A versão do GCM
Já o GCM disse à polícia, ainda segundo boletim de ocorrência, que seguia pela Avenida Senador Vergueiro quando parou no semáforo e notou um rapaz se aproximando. Ele teria aberto a porta do passageiro, onde sua mãe estava sentada, e falado “vai”, fazendo menção de estar armado. O agente, então, efetuou dois disparos.
O GCM disse ainda que o garoto correu e que ele conseguiu detê-lo próximo ao ponto de ônibus. Ainda segundo ele, o jovem teria jogado algo no gramado - um simulacro de arma de fogo.
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Ainda de acordo com o agente, a réplica foi recolhida e entregue a um outro oficial, que atendeu a ocorrência. Este, porém, apresentou outra versão, que contradiz foi dito pelo atirador. Assim, Marcelo foi preso em flagrante.
O caso vai ser investigado.
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