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Aluno baleado por colega em escola no Ceará tem suspeita de morte encefálica, diz hospital

Estudante pegou arma do pai e atirou contra três menores; ele alega que sofria bullying

PM conseguiu deter o atirador
Estudante pegou arma do pai e atirou contra três colegas dentro de escola, no Ceará (Reprodução/G1/TV Globo)

Um dos três alunos que foram baleados por um colega dentro de uma escola em Sobral, no interior do Ceará, tem suspeita de morte encefálica. De acordo com a Santa Casa, onde ele está internado em estado grave, o adolescente foi ferido na cabeça e passa por exames que podem comprovar, ou não, o quadro de saúde irreversível.

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“Já passou por avaliação de um neurocirurgião, onde foi descartado procedimento cirúrgico. O paciente iniciará uma série de exames obrigatórios para confirmar ou não [se há morte encefálica]”, informou a Santa Casa.

O caso aconteceu na manhã de quarta-feira (5) na Escola Estadual Professora Carmosina Ferreira Gomes, no Bairro Sumaré. O atirador, que tem 15 anos, estuda na mesma sala das três vítimas, que cursam o 1º ano do ensino médio. Ao ser detido pela Polícia Militar, ele alegou que sofria bullying.

O ataque deixou três estudantes feridos, sendo dois deles na cabeça. Um deles foi avaliado pela equipe médica da Santa Casa e não precisou ficar internado. Já o outro foi atingido na perna e terá de fazer uma cirurgia. O terceiro é o menor que segue internado com suspeita de morte encefálica.

A Secretaria da Educação do Ceará (Seduc) lamentou o caso. “Os três alunos foram levados para atendimento na Santa Casa de Misericórdia de Sobral e seus familiares estão sendo acolhidos pela equipe da Coordenadoria Regional, que inclui assistente social e psicóloga”, disse a Seduc.

Arma do pai

A PM destacou que a arma utilizada pelo estudante pertence ao pai dele, que tem antecedentes criminais por roubo.

Já a Secretaria de Segurança Pública destacou que o homem tem registro do revólver como CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador).

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“A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social informa que um adolescente de 15 anos, suspeito de um ato infracional análogo ao crime de tentativa de homicídio em uma escola estadual, foi apreendido com uma arma de fogo registrada no nome de um CAC (colecionador, atirador desportivo e caçador), que seria familiar do jovem”, disse a pasta, que ressaltou que o caso é apurado pela Polícia Civil.

Ataque motivado por bullying

Logo após os disparos, a Polícia Militar fez buscas e encontrou o autor na casa dele. Ao ser apreendido, ele alegou que era vítima de bullying.

No entanto, a mãe de uma das vítimas disse que o filho negou qualquer atrito na relação com o atirador. Segundo ela, o rapaz atirou contra os próprios amigos.

“Ele não sabe o que aconteceu, mas ele [filho dela] disse que ele atirou nos amigos dele. Não foi nos que faziam bullying com ele não”, contou a mãe da vítima em entrevista ao site G1.

“Ele [filho] disse que estavam todos dentro da sala, na hora do recreio, aí o menino saiu, voltou, mas não sabia se ele estava armado. Quando ‘deu fé’, já foi os tiros. Ele estava sentado na janela, e o tiro atingiu a perna dele”, disse a mulher.

O menor segue apreendido e deverá responder por ato infracional análogo ao crime de tentativa de homicídio. Esse enquadramento pode mudar, caso a morte encefálica do adolescente que segue internado seja confirmada.

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