O homem que arremessou um celular e matou o próprio filho, de apenas dois meses, foi preso em Valparaíso de Goiás, cidade goiana que fica no Entorno do Distrito Federal. De acordo com a Polícia Civil, ele tinha a intenção de quebrar o aparelho acertando a esposa durante uma briga, mas errou o alvo e acertou o bebê, que sofreu traumatismo craniano e não resistiu.
ANÚNCIO
O caso foi registrado no último dia 29, quando o pai e a mãe levaram o bebê até um hospital na cidade de Santa Maria, no Distrito Federal. O menino ficou internado, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no último sábado (1º).
A delegada Samya Barros, responsável pelas investigações, contou que a mãe do bebê confirmou que ela e o marido têm um relacionamento conturbado e, no momento em que o filho foi ferido, eles discutiam. O homem teria lido algumas mensagens no celular e, nervoso, tentou quebrar o aparelho jogando contra ela. Porém, errou e acabou acertando o filho, que estava em um bebê conforto.
Logo após a morte do menino o homem chegou a se apresentar na delegacia e, após prestar depoimento, foi liberado. A delegada disse, na ocasião, que ele não tinha sido preso, já que tinha socorrido o filho imediatamente. Assim, ele era investigado por uma lesão culposa, quando não há a intenção de matar.
No entanto, no decorrer das investigações, a delegada destacou que foram encontrados indícios de que mãe e filho eram vítimas de violência doméstica.
“Percebemos que já havia uma relação de violência doméstica antes mesmo da lesão sofrida pela criança. A mãe declarou que já era o quarto celular que o autor quebrava do mesmo modo, só que, infelizmente, agora a vítima foi a criança”, disse Samya em entrevista ao site UOL.
A delegada disse, ainda, que também foram encontrados outros celulares quebrados pelo homem, todos durante acessos de raiva. Em uma vistoria na casa da família, foram identificados outros objetos manchados de sangue.
ANÚNCIO
O atestado de óbito do bebê mostra que ele morreu em função de um traumatismo craniano por ação contundente. Foi solicitada uma perícia no corpo da criança, que ainda não teve o laudo divulgado.
Samya disse que o pedido de prisão preventiva do pai foi aceito pela Justiça na última segunda-feira (3), mas ele só pôde ser preso na quinta-feira (6) em função da legislação eleitoral, que impede a detenção de eleitores.
As investigações sobre o caso seguem em andamento.
LEIA TAMBÉM: