O empresário Thiago Antonio Brennand Tavares da Silva Fernandes Vieira, de 42 anos, que virou réu por agredir uma modelo dentro de uma academia de luxo, em São Paulo, foi denunciado mais uma vez, nesta sexta-feira (14), pelo MP-SP (Ministério Público de São Paulo). Ontem (13,) ele foi preso pela Interpol nos Emirados Árabes.
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O MP acusa Brennand de ter cometido outros nove crimes contra uma mulher obrigada a tatuar as iniciais de seu nome em Porto Feliz, no interior de São Paulo. Assim, o empresário está sendo denunciado por estupro (cinco vezes), cárcere privado, tortura, lesão corporal de natureza gravíssima, coação no curso do processo, constrangimento ilegal (três vezes), ameaça (quatro vezes), registro não autorizado da intimidade sexual e divulgação de cena de estupro ou sexo (oito vezes).
A Promotoria de Porto Feliz pediu à Justiça que uma nova prisão preventiva contra Brennand seja decretada. A denúncia ainda precisa ser aceita pela Justiça.
O tatuador também foi denunciado pelos crimes de tortura e lesão corporal gravíssima. Ainda não há, contudo, pedido de prisão contra ele.
A prisão
Thiago Brennand foi preso na quinta-feira (13) pela Interpol, a polícia internacional, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes. Ele estava foragido desde o último dia 23 de setembro, quando não entregou seu passaporte conforme determinado pela Justiça brasileira. Agora, a Polícia Federal vai intermediar a vinda dele ao país.
No domingo (10), o empresário havia divulgado vídeos nas redes sociais, nos quais negou todas as acusações contra ele. “Estou tranquilo onde estou. Não estou fugindo. Prisão ilegal? Quem vai se submeter a um Estado de exceção”, disse ele em um vídeo publicado no YouTube, sem especificar sua localização.
Brennand destacou que todas as acusações são fruto de uma conspiração contra ele. “Vocês mexeram com a pessoa errada (...) Vocês morrem de inveja. Branco, heterossexual inegociável. Armamentista, óbvio. Conservador, sempre”, disse o empresário.
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Antes da prisão, a defesa entrou com um pedido de revogação da prisão preventiva e também o trancamento do crime de corrupção de menor, pelo qual ele também virou réu. No entanto, o caso foi analisado no último dia 3 e negado pela Justiça.
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