A Polícia Civil do Rio de Janeiro, por meio da DCAV (Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima), pediu a prisão preventiva do ator José Dumont, investigado por estupro de vulnerável. Ele já havia sido preso em flagrante por armazenar material pornográfico infantil, mas foi solto no último dia 12. Agora, está sendo monitorado por tornozeleira eletrônica.
Segundo o “Extra”, as autoridades alegam que foram reunidas evidências sobre o abuso sexual de um menor de idade e que, em liberdade, ele representa risco a outras crianças e adolescentes.
Na semana passada, a mãe do garoto foi ouvida na delegacia e contou que só tomou conhecimento sobre o que ocorreu com seu filho após vizinhos denunciarem as suspeitas de estupro no entorno da residência do ator.
O advogado da família endossou que outras crianças podem ter sido vítimas de Dumont e que, fora da prisão, ele poderia coagir as famílias a ficarem em silêncio.
Soltura
José Dumont, de 72 anos, deixou a Casa do Albergado Crispim Ventino, em Benfica, Zona Norte do Rio de Janeiro, no Dia das Crianças. Ele estava preso desde o último dia 15 de setembro e obteve a soltura em uma audiência de custódia.
“Por unanimidade, concederam parcialmente a ordem, para relaxar a prisão do paciente, determinando-se a imediata expedição de alvará de soltura, mas com imposição substitutiva de cautelares alternativas, nos termos do voto do relator”, escreveu a desembargadora Suimei Meira Cavalieri, presidente em exercício da 3ª Câmara Criminal.
A prisão preventiva foi afastada porque, segundo o Tribunal de Justiça, o ator está sendo processado pelo crime de armazenamento de imagens de cenas pornográficas e, “de acordo com o Código de Processo Penal, não cabe prisão preventiva nessa situação”.
Imagens de sexo e suposto abuso
O ator foi flagrado por policiais com imagens de sexo envolvendo crianças em seu computador e celular durante as investigações sobre o suposto abuso sexual de um adolescente de 12 anos.
Ele passou a ser investigado depois que câmeras de segurança do condomínio onde o ator mora, no Bairro do Catete, na Zona Sul do Rio, mostraram ele beijando e fazendo carícias no menor.
A defesa dele nega a acusação e diz que Dumont “se considera” um padrinho do menino e conhecia toda a família dele.
Quando os policiais investigavam o caso, encontraram imagens de sexo envolvendo crianças no celular e computador do artista. Assim, ele foi preso e depois denunciado pelo Ministério Público por adquirir, possuir e armazenar em seu computador e em seu telefone celular fotografias e vídeos contendo cenas de pornografia envolvendo menores de diversas idades. A Justiça acatou a denúncia e o ator virou réu no caso.
Logo depois, a defesa entrou com um pedido de habeas corpus, alegando que o ator pagaria uma fiança no valor de R$ 40 mil e que colabora com as investigações. A solicitação, no entanto, foi negada pela Justiça. Ele só obteve a soltura no último dia 11.
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