A família de Ana Carolina da Silva Santos Fernandes, de 27 anos, que foi encontrada morta dentro da casa em que morava em Guaianases, na Zona Leste de São Paulo, foi contra o casamento dela com Fernando Fernandes dos Santos, que é o principal suspeito do crime. A vítima foi achada sem vida com a filha de um ano deitada sobre seu corpo. O caso é investigado pela Polícia Civil como feminicídio.
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Ana Carolina, que trabalhava como corretora de seguros, foi encontrada morta na madrugada de domingo (16). Prima da vítima, Kátia Tavares contou ao site UOL que a mãe dela, Adriana da Silva, recebeu uma ligação do genro falando sobre uma discussão. Sem contato com a filha, a mulher foi até a casa dela, onde já a achou morta.
“Eles passaram a noite juntos e, quando foi por volta das 4h, a mãe dele ligou para a minha tia por pedido dele, por causa da neném. Ela falou que tinha dado um problema, que eles tinham brigado. Quando a minha tia chegou em casa, o corpo dela estava com sangue, todo roxo, asfixiada. E a nenê em cima do corpo dela, como se tivesse mamado no peito e dormido”, contou Kátia.
A prima diz que Ana Carolina e Fernando casaram em 2020, mas toda a família foi contra. Segundo ela, o relacionamento já era conturbado e o homem demonstrava sinais de ser violento.
“Todo mundo foi contra o casamento porque ele já não era boa pessoa. Morando com ela, ele chegou a agredi-la algumas vezes. Em abril desse ano, minha tia pediu por uma medida protetiva contra ele. Só que eles terminavam e voltavam. A minha tia falava para largar, mas ela nunca largava. Ela estava meio que aceitando ele de volta. Não se sabe também se ela enfrentava alguma ameaça para isso ou se sofria algum tipo de pressão”, lamentou.
Assim, o casamento ocorreu sem a presença de familiares da corretora de seguros, mas, depois, todos tentavam aceitar a relação. Apesar disso, o contato entre eles havia diminuído.
Ana Carolina e Fernando tiveram uma filha, que tem um ano. Além disso, ela já tinha outras duas filhas de relacionamentos anteriores.
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Defesa do suspeito
Após o contato com a sogra, Fernando deixou a casa da família e ainda não foi encontrado pela polícia para prestar esclarecimentos. O advogado dele, Osmar Justino dos Reis, disse ao site UOL que o rapaz ainda não se apresentou por ter sofrido “ameaças de morte”.
“Há ameaças por redes sociais contra familiares do meu cliente. Um boletim de ocorrência foi registrado e as medidas legais serão tomadas. Na realidade, não é que ele quis se evadir, não é que ele está foragido. Por força maior ele foi obrigado a se ausentar”, afirmou o advogado.
“A gente lamenta a morte, mas o falecimento dela não autoriza a postura que pessoas estão tomando. O que a gente quer é que tudo ocorra dentro do livre processo legal e dentro das quatro linhas da Constituição. Não queremos fazer pré-julgamentos nem tomar decisões precipitadas”, complementou o defensor.
O caso segue em investigação no103º Distrito Policial (DP) de Itaquera.
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