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Motorista achada morta em estrada foi enforcada e ferida no pescoço com caneta, diz polícia

Vítima também era professora e fazia corridas para complementar a renda; três suspeitos foram presos

Professora e motorista de app é encontrada morta no interior de SP
Professora e motorista de app foi encontrada morta no interior de São Paulo (Reprodução/Redes sociais)

A motorista de aplicativo Hortência Lourenço Dias, de 38 anos, que foi achada morta com sinais de violência em uma estrada rural de Olímpia, no interior de São Paulo, foi enforcada até ficar inconsciente e depois ferida com um golpe de caneta no pescoço. De acordo com a Polícia Civil, o detalhamento foi feito por Maicon Douglas Henrique, de 27, que confessou participação no latrocínio. Além dele, outros dois suspeitos foram detidos.

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Hortência estava desaparecida depois que saiu para fazer uma corrida. Na última quinta-feira (13), um morador que passava pela estrada de terra do bairro Campo Alegre avistou a mulher e chamou a polícia e o Corpo de Bombeiros. Ao chegar ao local, os agentes verificaram que ela já estava morta, com diversos ferimentos na cabeça e no pescoço.

Três suspeitos de envolvimento no caso foram presos entre a última sexta-feira (14) e o fim de semana. Dois deles permaneceram calados durante o depoimento, mas Maicon confirmou a participação no caso e deu detalhes de como foi a abordagem até o momento em que eles abandonaram o corpo da vítima.

Conforme o relato de Maicon, foi ele quem solicitou os serviços da motorista por WhatsApp, por volta das 20h de quarta-feira (12). Segundo o rapaz, ela aceitava negociar corridas fora do aplicativo ao qual presta serviços.

“Quando a Hortência chegou para buscá-los, eles pediram para que ela fosse até um bairro afastado, na saída da cidade. No local, o trio pediu para ela estacionar o carro em uma rua escura e sem movimento e lá usaram cocaína”, disse o delegado Rodrigo Souza Freire, responsável pelas investigações, em entrevista ao site UOL.

Em seguida, segundo Maicon, um dos criminosos enforcou a motorista até que ela desmaiou. Depois, ela foi colocada no banco traseiro do veículo e eles seguiram até o bairro Campo Alegre. “No trajeto, Hortência teria acordado, foi quando um dos suspeitos a enforcou por alguns minutos e passou a agredi-la, principalmente no rosto”, disse o delegado.

Quando chegaram na estrada de terra, a vítima foi jogada desacordada em uma vala e ferida no pescoço com uma caneta. Depois disso, os bandidos fugiram levando o carro, o celular e a carteira de Hortência. Eles planejavam vender tudo para comprar mais entorpecentes.

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“Desde o início, o objetivo deles eram roubar e matar para conseguirem dinheiro para comprar drogas. Eles estavam tão sem dinheiro, que o carro foi abandonado em uma rua de Pirangi (SP), porque acabou o combustível e eles não tinham como abastecer”, afirma o delegado.

A caneta usada no crime foi encontrada ao lado do corpo da vítima e encaminhada para perícia.

O delegado disse, ainda, que os dois adultos presos já tinham antecedentes criminais. Um adolescente de 16 anos também foi apreendido. Eles tiveram a prisão temporária de 30 dias expedida pela Justiça.

Vítima conhecia um dos bandidos

Dias antes do crime, Hortência havia participado de um churrasco na casa de Maicon com outros motoristas de apps. O pai contou que ela havia saído de casa para uma corrida por volta das 22h do dia anterior e não voltou mais. Foi ele quem reconheceu o corpo da filha por meio de fotografias.

Hortência também era professora e mãe de dois filhos - uma menina de 8 anos e um adolescente de 17.

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