Foco

Quatro jovens são indiciados por morte de líder ambiental em SP; motivação do crime seria ciúmes

Laudo apontou que Ferrugem morreu por asfixia antes de cair na Represa Billings durante passeio

Corpo de Bombeiros faz buscas
Líder ambiental Adolfo Souza Duarte foi achado morto após sair para passeio de barco, na Represa Billings (Reprodução/Redes sociais)

A Polícia Civil indiciou os quatro jovens presos suspeitos pela morte do líder ambiental Adolfo Souza Duarte, conhecido como Ferrugem, encontrado sem vida após um passeio de barco pela Represa Billings, na Zona Sul de São Paulo. Eles vão responder por por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, impossibilidade de defesa da vítima e asfixia. Também foi solicitada a prisão preventiva dos envolvidos.

ANÚNCIO

A delegada Jakelline Barros informou que o inquérito foi enviado à Justiça na terça-feira (18). Segundo ela, apesar da versão dada inicialmente pelos jovens de que Ferrugem pulou sozinho na água e se afogou, o laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que a vítima sofreu asfixia mecânica e tinha uma marca no pescoço, o que comprova que foi morta antes de cair na represa.

Os jovens Vithorio Alax Silva Santos, Mauricius da Silva, Katielle Souza Santos e Mikaelly da Silva Souza sempre negaram o crime. Eles participaram, inclusive, de uma reconstituição do caso no último dia 6 de setembro.

Na ocasião, reafirmaram que o líder ambiental pulou na água para tentar resgatar uma das jovens que caiu logo no início do passeio de barco. Segundo eles, a garota foi salva pelos demais ocupantes da embarcação, mas Ferrugem não foi mais encontrado.

Kathielle Souza Santos, Mikaely da Silva Moreno, Vithorio Alax Silva Santos e Mauricius da Silva  negam o crime
Quatro jovens seguem presos suspeitos por morte de líder ambiental, em SP (Divulgação/Polícia Civil)

Ataque por ciúmes

No entanto, depois da reconstituição, Mauricius prestou um novo depoimento à polícia, sem a presença de advogados. Segundo o site G1, a sessão foi gravada e o transcrito assinado pelo rapaz. Dessa vez, ele afirmou que Vithorio atacou o líder ambiental por ciúmes, já que ele dançava com uma das jovens durante o passeio de barco.

Mauricius destacou, ainda, que Vithorio assumiu o comando da embarcação e deu um tranco, momento em que Ferrugem e a garota caíram na água. Depois disso, ambos conseguiram voltar para o barco, momento em que o líder ambiental teria sido asfixiado. Apesar do relato, o rapaz disse que não presenciou a cena, pois estava de outro lado, mas afirmou que ouviu essa versão do próprio autor.

Vithorio e as duas jovens presas seguem negando o crime e mantêm a versão de que tudo foi um acidente. A Polícia Civil disse que, mesmo com o indiciamento dos suspeitos, o caso segue em apuração.

ANÚNCIO

O advogado André Nino, que defende Mauricius e Vithorio, reafirmou que seus clientes mantêm a versão de morte acidental. Já os defensores de Katielle e Mikaelly não foram localizados para comentar o indiciamento.

Relembre o caso

De acordo com o boletim de ocorrência, Adolfo saiu por volta das 19h30 do último dia 1º de agosto da região conhecida como Cantinho do Céu. Ele costumava fazer passeios pela Represa Billings e foi contratado pelos dois casais. Dias depois, o corpo dele foi encontrado na água, mas o laudo comprovou que ele tinha marcas no pescoço e não se afogou.

Adolfo era formado em história e coordenava uma ONG de defesa do meio ambiente, a Meninos da Billings. A esposa dele, Uiara Duarte, acompanhou o trabalho dos bombeiros e sempre disse que o marido sabia nadar muito bem, afastando a tese de afogamento.

LEIA TAMBÉM:

ANÚNCIO

Tags


Últimas Notícias