O papa Francisco foi alvo de ataques de alguns brasileiros após postar uma oração em sua conta no Twitter, no último domingo (16). Respostas criticaram o pontífice por clamar pela “divisão do pão”, que viam nisso um apoio a ideologia comunista.
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O pedido em questão tratava-se de uma celebração ao Dia Mundial da Alimentação, celebrado sempre no dia 16 de outubro. “Deus Todo-Poderoso abençoe abundantemente aqueles que dividem o pão com os famintos”, escreveu o papa.
Contudo, internautas que se identificam como eleitores do presidente Jair Bolsonaro (PL) - por meio de filtros nas fotos do perfil - não aprovaram a oração de Francisco.
Nas respostas, sempre o mesmo tom: acusações de que o líder da Igreja Católica chama por “apoio ao comunismo” ao fazer uma referência à passagens da Bíblia Sagrada em seu discurso.
“É... Deus ajude as pessoas passando fome no teu país!”, comentou uma seguidora.
“O povo da Nicarágua manda lembranças. Eles não podem falar, eu ainda posso. Eles precisam urgentemente de comida”, escreveu um internauta.
“Deus que me perdoe, mas o senhor não deve ser abençoado ultimamente”, comentou outra. Ao ser rebatida por uma internauta que não gostou da crítica ao papa, ela continuou. “Não sou como a esquerdalha e este cardeal paulista, que só pensa em arrebanhar os distraídos com mensagens distorcidas”, completou.
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O cardeal paulista em questão é o arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer, que também foi alvo de ataques recentemente por conta de suas vestes vermelhas em sua foto de perfil.
“Se alguém estranha minha roupa vermelha (perfil), saiba que a cor dos cardeais é o vermelho (sangue), simbolizando o amor à Igreja e prontidão ao martírio, se preciso for. Deus abençoe a todos. Mas ninguém machuque ninguém!”, rebateu o bispo.
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