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Falso médico é detido na Zona Sul de São Paulo após abordar parente de paciente nas redes sociais

Homem de 30 anos foi visto circulando por hospital no Campo Limpo pelo menos em três ocasiões

Um homem de 30 anos foi detido por suspeita de prática ilegal da medicina no Hospital Municipal de Campo Limpo, na Zona Sul de São Paulo. De acordo com a Polícia Civil, Kelvin Oliveira de Farias foi levado para a delegacia pela Guarda Civil Metropolitana (GCM) na noite de quarta-feira (19), depois que a acompanhante de uma paciente denunciou que ele a tinha abordado em uma rede social. A investigação apura se ele chegou a atender pacientes.

Conforme o boletim de ocorrência, Kelvin foi visto circulando pelo hospital nos dias 3, 17 e 18 de outubro. Imagens de câmeras de segurança, divulgadas pela TV Globo, mostraram o homem vestindo um jaleco branco, máscara, luvas, segurando um estetoscópio e uma maleta de primeiros socorros.

Após a acompanhante de uma paciente procurar a segurança para informar uma conduta estranha do médico, que a procurou nas redes sociais para uma “conversa”, o homem foi abordado dentro do hospital. Na ocasião, ele disse que era um estagiário, mas depois mudou a versão e afirmou que fazia um curso de primeiros socorros. Ele estaria no hospital, trajado como médico, apenas com o intuito de jantar no refeitório.

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Em outra ocasião, a direção de enfermagem do hospital emitiu um alerta a respeito da atuação de Kelvin, depois que ele abordou mães de pacientes da ala infantil e se apresentou como membro do corpo médico da unidade.

Uma técnica de enfermagem afirmou em depoimento à polícia que o falso médico a tocou sem seu consentimento. O abuso ocorreu enquanto ele estava em uma sala de ortopedia e ela aproveitou para mostrar exames que tinha feito.

Assim, a mulher diz que Kelvin a pediu para abaixar as calças e alisou suas costas “para a realização de exames”. Depois, ele a questionou sobre sua vida sexual, momento em que ela desconfiou da postura do profissional e deixou o local.

Homem nega irregularidades

Ao ser detido, o homem afirmou em depoimento no 11º Distrito Policial que faz curso de primeiros socorros na unidade do CEU Campo Limpo e que já foi ao hospital diversas vezes para jantar. Ele ressaltou que assinava com o nome de outra pessoa para obter a refeição e negou que tenha atuado como médico e atendido pacientes.

Ele também negou que tenha abordado pessoas na unidade ou nas redes sociais. Como não houve flagrante, Kelvin foi liberado e passa a ser investigado por exercício ilegal na medicina, arte dentária ou farmacêutica e tentativa de importunação sexual.

O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) confirmou que “não há nenhum médico com registro ativo com o nome de Kelvin Oliveira de Farias.”

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